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08/02/2011

Breve História da Humanidade 7

Observando
Continuação

Algumas delas poderiam ser chamadas, mais de acordo com a verdade, de contos de viajantes; eram contos curiosos mas contemporâneos trazidos de certas fronteiras da experiência como curas milagrosas ou sussurros do que havia acontecido com os mortos. Muitos delas eram provavelmente contos verdadeiros, suficientemente verdadeiros para manter numa pessoa mais ou menos de bom senso a consciência de que realmente existe alguma coisa maravilhosa por trás da cortina cósmica. Mas em certo sentido isso norteia-se pelas aparências, mesmo quando as aparências são chamadas de aparições. É uma questão de aparecimentos – e desaparecimentos. No máximo esses deuses são fantasmas; isto é, são vislumbres.

(G. K. Chesterton,  O Homem Eterno, Ed. Mundo Cristão, 1ª ed. colig. e adap. por ama)
Cont/

Diálogos apostólicos


Diálogos


Claro que insisto! Tenho de o fazer...para teu bem.

Dá mais de ti. 


Compromete-te com algo mais sério, mais alto.

Tenho a certeza que é isso que te falta.


(ama, 2011.02.08)

BODIES REVEALED - O CORPO HUMANO (Afonso Cabral)

Navegando pela minha cidade

O CORPO HUMANO COMO NUNCA O VIU é o nome de uma exposição que de Novembro de 2010 até ao passado dia 30 de Janeiro esteve patente no Centro de Congressos e Exposições na antiga Alfândega do Porto na Rua Nova da Alfândega. No folheto da exposição está escrito: os espécimes humanos nesta exposição foram tratados com a dignidade e respeito que merecem … todos os corpos e órgãos vêm de indivíduos que optaram por doarem os seus corpos para a ciência médica para fins de estudo e educação.
Só posso dizer – para não gritar - que tudo isto é uma autêntica barbaridade. E é bárbaro porque os seres humanos são pessoas e as pessoas não são espécimes. E é duplamente bárbaro porque uma exposição não é um teatro anatómico nem uma aula de fisiologia de uma faculdade de medicina. O corpo humano é a parte visível e palpável do ser humano que é sempre único, irrepetível e insubstituível.
Acreditando que alguns homens tenham optado por doarem os seus corpos para a ciência médica só posso concluir que caíram num embuste miserável e num logro criminoso.
Que dignidade e que respeito há em pegar num corpo humano e depois de o ter despido das poucas roupas que deveria ter tido, despojá-lo completamente da sua pele? Pois é, os homens foram completamente esfolados como se fossem coelhos ou cordeiros e retalhados às postas até ao osso; abertos ao meio como frangos numa churrasqueira. Intestinos, coração, pulmões, braços, pernas e mãos espalhados num cenário de horror como um mercado no Iraque depois de um terrorista se ter suicidado com explosivos. Dizem que só fica a cabeça. A única e pequena diferença é a falta do sangue a empapar a terra e do cheiro a pólvora e a medo. De resto é exactamente igual, mas já tudo metido em caixas de acrílico muito transparentes, limpas e iluminadas. A um deles, depois de o terem despido, esfolado e lhe terem arrancado quase toda a carne, puseram-no na posição de um atleta imediatamente antes de arrancar para uma corrida de cem metros. E os olhos - o pouco que resta dele - fixam a meta numa angústia infinita. Pode haver maior escárnio? Outro - como se de um manequim se tratasse - posa de mãos nas ilhargas a apresentar um fato feito de si próprio, da sua própria carne, dos seus próprios tendões e dos seus próprios ossos. E olha em frente. Olha sempre em frente - preservado em borracha líquida de silicone - tal como uma raposa mal empalhada num café de província ou uma galinhola numa vitrina de um museu de ornitologia. E o seu olhar é de espanto, de susto e de medo.
E mais de cem mil pessoas; cem mil homens, mulheres e crianças foram ver este horror macabro. A onze euros e cinquenta cêntimos por bilhete (custo médio aos fins de semana e feriados) temos que a facturação foi superior a um milhão cento e cinquenta mil euros.
E mais de cem mil pessoas foram ver e a cidade não gemeu nem chorou por esta absoluta indecência feita ao corpo humano; que é sagrado e foi profanado e exposto da forma mais impudica possível: até à alma! Para sempre.
O meu grito fica-me preso na garganta e só consigo recordar em absoluto silêncio uma profecia do Livro dos Salmos sobre Deus que iria encarnar num corpo humano: Matilhas de cães me rodearam, cercou-me um bando de malfeitores. Trespassaram as minhas mãos e os meus pés, posso contar todos os meus ossos.

Nota: Por me recusar a dar um cêntimo para o bolso destes taxidermistas de seres humanos, descrevi o que vi na internet.

Afonso Cabral
2011.02.08














Pensamentos inspirados

À procura de Deus



O sepulcro é novo, não foi ainda


estreado, porque a pureza do Senhor


assim o exige. 


Nada de "sepulcros caiados", mas sim


e apenas a Verdade.

jma, 2011 

Evangelho e comentário do dia

Tempo comum - V Semana

Evangelho: Mc 7, 1-13

1 Reuniram-se à volta de Jesus os fariseus e alguns escribas vindos de Jerusalém; 2 e notaram que alguns dos Seus discípulos comiam o pão com as mãos impuras, isto é, por lavar; 3 ora os fariseus e todos os judeus aferrados à tradição dos antigos, não comem sem lavar as mãos cuidadosamente; 4 e, quando vêm da praça pública, não comem sem se purificar; e praticam muitas outras observâncias tradicionais, como lavar os copos, os jarros, os vasos de metal, e os leitos. 5 Os fariseus e os escribas interrogaram-n'O: «Porque não se conformam os Teus discípulos com a tradição dos antigos, mas comem o pão sem lavar as mãos?». 6 Ele respondeu-lhes: «Com razão profetizou Isaías de vós, hipócritas, quando escreveu: “Este povo honra-Me com os lábios, mas o seu coração está longe de Mim. 7 É vão o culto que Me prestam, ensinando doutrinas que são preceitos humanos”. 8 Pondo de lado o mandamento de Deus, observais cuidadosamente a tradição dos homens». 9 Disse-lhes mais: «Vós bem fazeis por destruir o mandamento de Deus, para manter a vossa tradição. 10 Porque Moisés disse: “Honra teu pai e tua mãe. E todo o que amaldiçoar seu pai ou sua mãe, seja punido de morte”. 11 Vós, porém, dizeis: Se alguém disser ao pai ou à mãe, é “qorban”, oferta a Deus, qualquer coisa minha que te possa ser útil, 12 já não lhe deixais fazer nada a favor do pai ou da mãe, 13 anulando assim a palavra de Deus por uma tradição que tendes transmitido de uns aos outros. E fazeis muitas coisas semelhantes a estas».

Comentário 

Milagre em Lourdes

Duc in altum

Conta-se que, a caminho de Lourdes, uma mãe dizia ao filho portador de doença grave:

- Tudo o que pedires a Nossa Senhora, Jesus concede-o.

Ao cair da tarde, durante a bênção dos doentes, quando passou na sua frente o sacerdote com o Santíssimo Sacramento na Custódia, o pequeno disse:

_ Se não me curas vou fazer queixa à Tua Mãe.

Tendo ficado impressionado com o que o pequeno dissera, o sacerdote, depois de terminada a bênção a todos os doentes, voltou de novo para o abençoar mais uma vez.
O rapazinho repetiu:

- Se não me curas vou queixar-me à Tua Mãe.

Naquele instante ficou curado.

(P. José Manuel Amorim, Homília na missa de Nossa Senhora da Lapa, 2005.01.05)

Super Mãe


Observando


Já imaginou cuidar de um bebé, trocar as fraldas, dar banho, dar de mamar...somente usando os pés?
Com amor e determinação, tudo é possível. 

Conheça o casal Mark e Barb Guerra. 






Com determinação, tudo é possível.

Assistir aos enfermos

TEMA PARA BREVE REFLEXÃO



A caridade diligente no assistir aos enfermos, é um meio rápido para adquirir a virtude perfeita.

(S. Filipe de Néri, Máximas, F. W. Faber, Cromwell Press SN12 8PH, nr. 8-22)

2011.02.08

Filho pródigo


Tema para breve reflexão
A misericórdia apresentada por Cristo na parábola do filho pródigo tem a característica interior do amor, que no Novo Testamento é chamado ‘ágape’. Este amor é capaz de debruçar-se sobre todos os filhos pródigos, sobre qualquer miséria humana e, especialmente, sobre toda a miséria moral, sobre o pecado. Quando isto acontece, aquele que é objecto da misericórdia não se sente humilhado, mas como que reencontrado e 'revalorizado'. O pai manifesta-lhe alegria, antes de mais por ele ter sido 'reencontrado' e por ter voltado à ‘vida'. Esta alegria indica um bem que não foi destruído: o filho, embora pródigo, não deixa de ser realmente filho de seu pai. Indica ainda um bem reencontrado: o caso do filho pródigo, o regresso à verdade sobre si próprio.

(joão Paulo II, Encíclica Dives in Misericordia, 30.11.1980, n. 6)

Doutrina

«RERUM NOVARUM»

Façam, pois, o patrão e o operário todas as convenções que lhes aprouver, cheguem, inclusivamente, a acordar na cifra do salário: acima da sua livre vontade está uma lei de justiça natural, mais elevada e mais antiga, a saber, que o salário não deve ser insuficiente para assegurar a subsistência do operário sóbrio e honrado. Mas se, constrangido pela necessidade ou forçado pelo receio dum mal maior, aceita condições duras que por outro lado lhe não seria permitido recusar, porque lhe são impostas pelo patrão ou por quem faz oferta do trabalho, então é isto sofrer uma violência contra a qual a justiça protesta.
Mas, sendo de temer que nestes casos e em outros análogos, como no que diz respeito às horas diárias de trabalho e à saúde dos operários, a intervenção dos poderes públicos seja importuna, sobretudo por causa da variedade das circunstâncias, dos tempos e dos lugares, será preferível que a solução seja confiada às corporações ou sindicatos de que falaremos, mais adiante, ou que se recorra a outros meios de defender os interesses dos operários, mesmo com o auxílio e apoio do Estado, se a questão o reclamar ([i]).

2011.02.08


[i] Veja-se o n. 29 e segs.