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21/01/2011

Diálogos apostólicos




Endireita-te, apruma-te, não esmoreças na luta homem, o que lá vai lá vai.

Falhanços qualquer um tem mas vitórias são apenas os lutadores que não esmorecem que as conquistam.

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 (ama, 2011.01.21)

FÉ E ESPÍRITO MISSIONÁRIO: ESSÊNCIA DA SANTIDADE DE JOÃO PAULO II


MAIS ALTO


Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos comenta a beatificação

Disso está convencido o cardeal Angelo Amato, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, que, em entrevista ao L'Osservatore Romano, comentou a beatificação do Pontífice polaco, marcada para o dia 1º de Maio.

Segundo o cardeal, a primeira atitude de João Paulo II é "uma fé forte na presença de Deus na história, porque a encarnação é séria, eficaz, vence o mal: a graça da presença eucarística do Senhor supera todas as barreiras e os regimes desumanos" disse ele, lembrando que o saudoso Pontífice "viveu os regimes nazista e comunista, e viu a implosão e a destruição de ambos".

"A segunda atitude é o seu grande espírito missionário. As viagens do Papa eram uma verdadeira actividade missionária, propriamente dita. Ele viajou até aos confins da terra para proclamar o Evangelho de Cristo."

Sobre a análise do milagre - a cura da freira francesa Marie Simon Pierre Normand, que sofria do Mal de Parkinson -, o cardeal Amato disse que o fato "foi estudado com muito cuidado, inclusive com meticulosidade, eu diria, porque houve uma grande pressão da média sobre este processo".

"Além disso, nestes dois últimos séculos, tivemos uma série de Bispos de Roma nos quais a santidade foi reconhecida em vários graus: Pio X, Pio XII, João XXIII, Paulo VI, João Paulo I", afirmou.

Interpelado sobre alguma lembrança pessoal de João Paulo II, o cardeal Amato disse que tinha "um grande sentido de amizade, de respeito".

"Ele me escolheu como secretário da Congregação para a Doutrina da Fé. Ordenou-me bispo em 6 Janeiro de 2003: nós éramos 12, os últimos a receber a ordenação episcopal do Papa Wojtyla. Tínhamos uma reunião mensal, como secretário da Doutrina da Fé, solicitada pelo então cardeal Ratzinger, que foi meu superior directo. E João Paulo II escutava muito, sempre escutava."

"O que mais me chamava a atenção era essa capacidade de escutar. Nós falávamos, ele ouvia. E só depois, quando estávamos no almoço, é que ele fazia seus comentários -concluiu o cardeal. Era evidente a sua vontade de compreender."

Fonte: zenit.org 2011.01.20

Pensamentos inspirados

À procura de Deus






No amor entre nós, homens e mulheres, modificamo-nos muitas vezes para agradarmos a quem amamos.

E com Deus, fazemos de igual modo?

jma, 2011 

Vultos da Igreja que eu conheci



OBSERVANDO

João da Silva Campos Neves (1978 -1971)

D. João da Silva Campos Neves, nasceu no lugar e freguesia dos Cepos, concelho de Arganil, em 1889.07.31 e faleceu em 1980.03.02.

  • Ordenado Sacerdote em 1911.12.23
  • Sagrado Bispo Titular Auxiliar de Lisboa com o Título de Bispo de Vatarba e em 1931.05.27
  • Nomeado Bispo de Lamego em 1948.10.29

Frequentava a casa de meus Pais, em Monte Real, onde passava umas duas semanas todos os anos.


Em 1938 benzeu a nova Capela das Termas de Monte Real.

Nesta capela, em 1949, administrou o Sagrado Crisma à minha irmã Belinha e a mim.
Lembro-me que antes me disse mais ou menos: 

“Vou dar-te um estalo mas é a fingir”.

Recordo um episódio deveras singular passado em casa dos meus Pais onde estava, como de costume, hospedado. 

Um dia levantando-se de madrugada e não encontrando a chave da porta tentou saltar por uma janela que dava para o alpendre. Só que as vestes episcopais se emaranharam nas pernas tendo caído com estrondo em cima de um móvel. 


O meu Pai acordou e foi encontrar o Senhor D. João, estatelado, rindo a bom rir da aventura.

Era a pessoa mais simpática e afável que imaginar se possa, aliás, o seu rosto irradiava essa simpatia e afabilidade.



O Demónio e a sua acção


Tema para breve reflexão




Sabeis qual é a primeira tentação que o demónio apresenta a uma pessoa que começou a servir melhor a Deus?


É o respeito humano. 

(S. João Maria Vianey, Sermões escolhidos)


Evangelho e comentário do dia


Tempo comum - II Semana



Evangelho: Mc 3, 13-19

13 Tendo subido a um monte, chamou a Si os que quis, e aproximaram-se d'Ele. 14 Escolheu doze para que andassem com Ele e para os enviar a pregar, 15 com poder de expulsar os demónios: 16 Simão, a quem pôs o nome de Pedro; 17 Tiago, filho de Zebedeu, e João, irmão de Tiago, aos quais pôs o nome de Boanerges, que quer dizer “filhos do trovão”; 18 e André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Tadeu, Simão, o Cananeu, 19 e Judas Iscariotes, que foi quem O entregou

Comentário:

Este «poder de expulsar os demónios» é a prova, dada pelo próprio Jesus Cristo, de que o Demónio existe e pode dominar as pessoas através do seu poder como espírito superior, portanto, à criatura humana. Muitos põem em causa esta realidade como se fosse uma fantasia ou uma forma mais ou menos imaginária de se referir o mal, o pecado. Fazem mal em considerar desta forma esta matéria. 


A Igreja não se cansa de avisar que a existência do Demónio é real e concreta e que a sua “missão” é corromper o homem através da mentira e da apresentação mirífica de prazeres e bens duradouros. Sendo o próprio Mal, o Demónio age sempre para contrariar a Vontade de Deus e impedir que os homens a cumpram. 


(ama, comentário sobre Mc 3, 13-19, 2010.12.24)


Doutrina

«RERUM NOVARUM»

Comunhão de bens de natureza e de graça

14. Mas é ainda demasiado pouco a simples amizade: se se obedecer aos preceitos do cristianismo, será no amor fraterno que a união se operará. Duma parte e doutra se saberá e compreenderá que os homens são todos absolutamente nascidos de Deus, seu Pai comum; que Deus é o seu único e comum fim, que só Ele é capaz de comunicar aos anjos e aos homens uma felicidade perfeita e absoluta; que todos eles foram igualmente resgatados por Jesus Cristo e restabelecidos por Ele na sua dignidade de filhos de Deus, e que assim um verdadeiro laço de fraternidade os une, - quer entre si, quer a Cristo, seu Senhor, que é «o primogénito de muitos irmãos» (Rm 8,29). Eles saberão, enfim, que todos os bens da natureza, todos os tesouros da graça, pertencem em comum e indistintamente a todo o género humano e que só os indignos é que são deserdados dos bens celestes: «Se vós sois filhos, sois também herdeiros, herdeiros de Deus, co-herdeiros de Jesus Cristo» (Rm VIII, 17) .
Tal é a economia dos direitos e dos deveres que ensina a filosofia cristã. Não se veria em breve prazo estabelecer-se a pacificação, se estes ensinamentos pudessem vir a prevalecer nas sociedades?