Páginas

17/12/2010

Boa Tarde! 19

Pois é como dizes: quando te habituas a algo é difícil deixar de o fazer.

Habituas-te a portar-te bem… logo…

19

(ama, 2010.12.17)

A crise

O delicioso escrito que segue, não pode ser traduzido para português sem perder muito do contexto das ideias, frases e termos cujo significado ficaria irremediavelmente prejudicado e distorcido.
Assim, se publica como e tal chegou às nossas mãos graças à atenta amabilidade de um grande amigo, sacerdote de nacionalidade espanhola e coração universal, atentíssimo a estes trabalhos de dar a conhecer coisas interessantes, boas, cultas, sérias e divertidas. (ama)




Leopoldo Abadía (autor de " La crisis Ninja ") dice en su artículo:

Me escribe un amigo diciendo que está muy preocupado por el futuro de sus nietos.
Que no sabe qué hacer: si dejarles herencia para que estudien o gastarse el dinero con su mujer y que "Dios les coja confesados".
Lo de que Dios les coja confesados es un buen deseo, pero me parece que no tiene que ver con su preocupación.
En muchas de mis conferencias, se levantaba una señora (esto es pregunta de señoras) y decía esa frase que me a mí me hace tanta gracia: "qué mundo les vamos a dejar a nuestros hijos?"
Ahora, como me ven mayor y ven que mis hijos ya están crecidos y que se manejan bien por el mundo, me suelen decir "qué mundo les vamos a dejar a nuestros nietos?"
Yo suelo tener una contestación, de la que cada vez estoy más convencido:
"y a mí, qué me importa?!"
Quizá suena un poco mal, pero es que, realmente, me importa muy poco.
Yo era hijo único. Ahora, cuando me reuno con los otros 64 miembros de mi familia directa, pienso lo que dirían mis padres, si me vieran, porque de 1 a 65 hay mucha gente. Por lo menos, 64.
Mis padres fueron un modelo para mí. Se preocuparon mucho por mis cosas, me animaron a estudiar fuera de casa (cosa fundamental, de la que hablaré otro día, que te ayuda a quitarte la boina y a descubrir que hay otros mundos fuera de tu pueblo, de tu calle y de tu piso), se volcaron para que fuera feliz. Y me exigieron mucho.
Pero qué mundo me dejaron? Pues mirad, me dejaron:
1. La guerra civil española
2. La segunda guerra mundial
3. Las dos bombas atómicas
4. Corea
5. Vietnam
6. Los Balcanes
7. Afganistán
8. Irak
9. Internet
10. La globalización
Y no sigo, porque ésta es la lista que me ha salido de un tirón, sin pensar. Si pienso un poco, escribo un libro.
Vosotros creéis que mis padres pensaban en el mundo que me iban a dejar? Si no se lo podían imaginar!
Lo que sí hicieron fue algo que nunca les agradeceré bastante: intentar darme una muy buena formación. Si no la adquirí, fue culpa mía.
Eso es lo que yo quiero dejar a mis hijos, porque si me pongo a pensar en lo que va a pasar en el futuro, me entrará la depre y además, no servirá para nada, porque no les ayudaré en lo más mínimo.
A mí me gustaría que mis hijos y los hijos de ese señor que me ha escrito y los tuyos y los de los demás, fuesen gente responsable, sana, de mirada limpia, honrados, no murmuradores, sinceros, leales. Lo que por ahí se llama "buena gente".
Porque si son buena gente harán un mundo bueno.
Por tanto, menos preocuparse por los hijos y más por darles una buena formación:
que sepan distinguir el bien del mal,
que no digan que todo vale,
que piensen en los demás,
que sean generosos. . . .
En estos puntos suspensivos podéis poner todas las cosas buenas que se os ocurran.
Al acabar una conferencia la semana pasada, se me acercó una señora joven con dos hijos pequeños. Como también aquel día me habían preguntado lo del mundo que les vamos a dejar a nuestros hijos, ella me dijo que le preocupaba mucho qué hijos íbamos a dejar a este mundo.
A la señora joven le sobraba sabiduría, y me hizo pensar. Y volví a darme cuenta de la importancia de los padres. Porque es fácil eso de pensar en el mundo, en el futuro, en lo mal que está todo, pero mientras los padres no se den cuenta de que los hijos son cosa suya y de que si salen bien, la responsabilidad es un 97% suya y si salen mal, también, no arreglaremos las cosas.
Y el Gobierno y las Autonomías se agotarán haciendo Planes de Educación, quitando la asignatura de Filosofía y volviéndola a poner, añadiendo la asignatura de Historia de mi pueblo (por aquello de pensar en grande) o quitándola, diciendo que hay que saber inglés y todas estas cosas.
Pero lo fundamental es lo otro: los padres. Ya sé que todos tienen mucho trabajo,
que las cosas ya no son como antes,
que el padre y la madre llegan cansados a casa,
que mientras llegan, los hijos ven la tele basura, que lo de la libertad es lo que se lleva,
que la autoridad de los padres es cosa del siglo pasado.
Lo sé todo. TODO. Pero no vaya a ser que como lo sabemos todo, no hagamos NADA.
Leopoldo Abadía 
P. D .
1. No he hablado de los nietos, porque para eso tienen a sus padres.
2. Yo, con mis nietos, a merendar y a decir tonterías y a reírnos, y a contarles las notas que sacaba su padre cuando era pequeño.
3. Y así, además de divertirme, quizá también ayudo a formarles.

 Leopoldo Abadía (Zaragoza, 1933) é um professor e escritor espanhol conhecido pela sua análise da crise económica actual.

Fonte: Blog de La gaceta.es, La cigueña de la torre, 

Arre burriquito

Com a devida vénia e sem prévia autorização, transcreve-se um delicioso escrito de Natal.
NUNC COEPI espera ser perdoado pelo "abuso" cometido, tendo em conta que as coisas boas devem ser partilhadas e, as muito boas - como é o caso - obrigatoriamente conhecidas de toda a gente.


Arre, burriquito...

...Vamos a Belém, /Ver o Deus Menino /Que a Senhora tem; /Que a Senhora tem, /Que a Senhora adora. /Arre, burriquito /Vamos lá embora. Este cântico mostra bem como a gente simples te aprecia e te recorda neste tempo de Natal. Imagino-te em Nazaré prestando os teus serviços a José e a Maria na casita onde moravam e onde estava a oficina de carpinteiro. Certamente que te sentias a gosto em tão boa companhia, mesmo trabalhando horas a fio... como de resto o teu dono. Na horta ao lado da casa havia um poço e José tinha feito uma nora muito jeitosa que funcionava à maravilha, mesmo sendo feita toda de madeira.
DSCF1277.JPG 
Atrelado à nora, lá andavas às voltas, sempre com o mesmo passo, e era um gosto ver a água que surgia para regar as hortaliças e para os cuidados da casa. Alguém que te viu é que terá dito pela primeira vez trabalhar como um burro. Já a outra expressão teimoso como um burro é capaz de ser injusta, pois tu não és propriamente teimoso; se fosses humano diria que tens mas é convicções fortes. E do teu trabalho que parecia monótono nasciam as couves e as cenouras e até a mostarda, a tal das sementes pequeninas e que com a tua ajuda crescia tanto que as aves do céu até lá faziam os seus ninhos.

Eras sempre bem tratado, mas de vez em quando tinhas dois petiscos que só te sabiam a pouco: uma cenourinha que Maria te dava e uma coçadela de José atrás das orelhas. Que delícia! Certo dia notaste uma certa agitação entre o povo e ficaste muito admirado quando José te aparelhou com a sela, juntou uns pertences e te levou, com Maria, pelos caminhos da Galileia. Não sabias o que se passava, mas ias todo contente com a passageira, que te parecia mais pesadita do que da última vez que a tinhas levado a casa da prima Isabel. Caminhavas ligeiro, pois José era um andarilho de primeira, mas tinhas todo o cuidado em ver onde pisavas, porque naquele tempo não havia estradas, mas apenas caminhos feitos por quem os pisava uma vez e outra e nem querias pensar que podias tropeçar e arranjar alguma.

Ao fim de uns dias de caminho chegaste a Belém e andaste de porta em porta sem encontrar onde ficar até que foste parar a uma gruta que servia de estábulo. Não era grande sítio para gente, mas tu sentias-te na maravilha: pelo menos havia palha em abundância e até lá encontraste uma vaquita que te deu um certo jeito: é que os dois encostados ficavam mais quentinhos que lá fora estava frio. Às tantas ouviste um bebé a chorar e quando te levantaste a ver o que se passava viste... o Menino ao colo de Maria. E José a olhar para os dois, tão contente que só visto. E tu claro que também ficaste feliz, pois o Menino era mesmo bonito.

Passados uns dias José descobriu uma casa onde se instalaram: logo se meteu ao trabalho, pois não sabia estar quieto. Até arranjou uma carrocita que tu puxavas com todo o garbo, levando as peças que José fazia na oficina e sobretudo quando Maria te levava, também com o Menino, a buscar água à fonte. Um belo dia nem querias acreditar no que vias: chegou uma data de camelos com gente com umas roupas bem diferentes das que conhecias e vieram fazer uma grande festa ao Menino; até lhe deram uns presentes muito fixes. As coisas depois complicaram-se, mas falamos disso noutra ocasião, queres?

Eu hei-de dar ao Menino /Uma fitinha pró chapéu; /E ele também me há-de dar /Um lugarzinho no Céu. Arre, burriquito...

Fernando Sena Esteves

Bom Dia! 79



Uma das grandes lições e exemplos neste campo vêm-nos exactamente de Jesus Cristo que passou a Sua  vida a trabalhar, primeiro como jovem com as ocupações normais dos jovens: estudar, - trabalho intelectual - aprender uma profissão, ajudando o Seu Pai Adoptivo no trabalho com que provia o sustento da família - trabalho braçal -, até aos últimos três anos da Sua vida na terra na ocupação da pregação do Reino, tão extenuante como se refere muitas vezes nos Evangelhos chegando a adormecer em pleno fragor de uma tempestade no mar, - trabalho espiritual ou intelectual -, tornando, deste modo todo o trabalho humano em trabalho divino.


De facto, trabalhar é colaborar com Deus de uma forma directa. Por isso mesmo, longe de um castigo, pena ou sujeição, o trabalho, qualquer que seja, é algo grandioso e de enorme valor.

''Ut operaretur'' ([i]) para que trabalhe, este foi o mandato do Criador ao primeiro ser humano.

E porquê podemos perguntarmo-nos?

Bom, não nos cabe questionar as decisões do Criador porque, em primeiro lugar, tem autoridade absoluta sobre a criatura e, portanto, determinar o que esta deve ou não fazer e, depois acresce uma razão, a nosso ver, determinante: a criatura tem necessariamente uma função que é a razão porque foi criada.

Não faz nenhum sentido - temos de usar termos humanos - criar alguma coisa, neste caso, um ser humano, só porque sim, isto é, sem nenhum objectivo concreto. O Criador, de facto, não precisa de nada e se 'fez' uma Obra, um Mundo complexo e belo, povoado de seres animais e vegetais de uma infinidade de espécies, perfeitamente organizadas e interdependentes, num ''jogo'' espantoso de complexidade e harmonia, tudo isto e muitíssimo mais que nem se consegue descrever, foi por um acto da Sua Vontade soberana, tendo, como diz a Bíblia «achado que tudo era bom» ([ii]), e, como último acto, criar o ser humano, foi, repete-se uma vez mais, por Amor.

Sim, Amor com maiúscula porque é Amor Divino. É que, Deus, sendo a plenitude do Amor, não pode deixar de praticar actos de amor e, de facto, fá-lo constantemente quando cria uma nova alma para uma vida humana que se inicia.

79


Para ver desde o início, clicar aqui: https://sites.google.com/site/sobreavidahumana/vida-humana

[i] Gen 3, 22-24
[ii] Gen 1, 31

Tema para breve reflexão - 2010.12.17

Sentimento

Guiar-me pelo sentimento é dar a direcção da casa ao criado e fazer abdicar o dono. Não é mau o sentimento, mas sim a importância que se lhe dá.

(J. Tissot, La Vida interior, Pg. 100, trad ama)

Textos de Reflexão para 17 de Dezembro

Sexta-Feira do Avento 17 de Dezembro


Evangelho: Mt 1, 1-17
1 Genealogia de Jesus Cristo, filho de David, filho de Abraão. 2 Abraão gerou Isaac, Isaac gerou Jacob, Jacob gerou Judá e seus irmãos. 3 Judá gerou, de Tamar, Farés e Zara, Farés gerou Esron, Esron gerou Aram. 4 Aram gerou Aminadab, Aminadab gerou Naasson, Naasson gerou Salmon. 5 Salmon gerou Booz de Raab, Booz gerou Obed de Rut, Obed gerou Jessé. Jessé gerou o rei David. 6 David gerou Salomão daquela que foi mulher de Urias. 7 Salomão gerou Roboão, Roboão gerou Abias, Abias gerou Asa. 8 Asa gerou Josafat, Josafat gerou Jorão, Jorão gerou Ozias. 9 Ozias gerou Joatão, Joatão gerou Acaz, Acaz gerou Ezequias. 10 Ezequias gerou Manassés, Manassés gerou Amon, Amon gerou Josias. 11 Josias gerou Jeconias e seus irmãos, na época da deportação para Babilónia. 12 E, depois da deportação para Babilónia, Jeconias gerou Salatiel, Salatiel gerou Zorobabel. 13 Zorobabel gerou Abiud, Abiud gerou Eliacim, Eliacim gerou Azor. 14 Azor gerou Sadoc, Sadoc gerou Aquim, Aquim gerou Eliud. 15 Eliud gerou Eleazar, Eleazar gerou Matan, Matan gerou Jacob, 16 e Jacob gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, chamado Cristo. 17 Assim, são catorze todas as gerações desde Abraão até David; e catorze gerações desde David até à deportação para Babilónia, e também catorze as gerações desde a deportação para Babilónia até Cristo.



Nota:

Durante o Tempo do Advento não publicamos o costumado Comentário e/ou Meditação sobre o Evangelho do dia. Convidamos o leitor a fazê-lo e a amabilidade de o “postar) em comentários. 
Tema para consideração: A confissão frequente

2      Como devemos praticar a confissão frequente? – (5)

B) O propósito (cont)

O propósito tem de ser adaptado às necessidades e circunstâncias do momento. Deve ter como objecto uma falta que me dá muito que fazer e que hei-de combater com todo o afã; tem que ter em consideração a corrente interior da graça, que tão frequentemente toma por ponto de partida algum mistério de Cristo, da liturgia ou do ano eclesiástico, uma vivência íntima, a meditação, a leitura espiritual, uma inspiração interior, etc.
O propósito não há-de mudar, nem deve mudar em cada confissão; mas, se não varia, deve renovar-se, afiançar-se e aprofundar-se em cada confissão até que a falta que foi objecto do propósito seja vencida eficazmente com certa segurança e constância de forma que se tenha debilitado notavelmente o seu predomínio; amiúde o propósito deverá conservar-se até que mudem as circunstâncias exteriores. Certas faltas exteriores, como a curiosidade da vista, a quebra do silêncio ou faltas contra a caridade, terão que ser combatidas com um propósito especial até que se tenha conseguido que um costume oposto adquira predomínio. Para tal contribuem poderosamente o exame particular e a meditação diária.

Doutrina: CCIC – 592: Que significa o pedido: «O pão nosso de cada dia nos
                                      dai hoje»?
                   CIC –  2828-2834; 2861

Ao pedir a Deus, com o confiante abandono dos filhos, o alimento quotidiano necessário a todos para a subsistência, reconhecemos o quanto Deus nosso Pai é bom e está acima de toda a bondade. Pedimos também a graça de saber agir de modo que a justiça e a partilha façam com que a abundância de uns possa prover às necessidades dos outros.