Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
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20/11/2010
Bom Dia! 52
O terceiro personagem tem uma atitude completamente diferente.
Recebendo apenas uma mina– mesmo assim uma quantia não despicienda – não se preocupa a não ser em conservar intacto o que recebera. Não arrisca nada, não procura a melhor forma de cumprir a ordem « Negociai com elas até eu voltar”, é cobarde e desleixado.
De facto, devolve o que recebera o que, em si, não é mau, já que, pelo menos, não esbanjou em proveito próprio aquilo que não lhe pertencia, mas esqueceu-se do encargo que vinha junto.
Por isso, não só o Senhor o reprova como lhe retira o que lhe tinha dado.
Pode dizer-se que enquanto este ficou “agarrado” ao que recebera, preocupando-se em mantê-lo seguro – enterrando-o – sem nenhuma preocupação de utilizar esse bem da maneira possível e honesta de forma a desenvolvê-lo e, eventualmente, aumentá-lo que era o que lhe tinha sido ordenado.
Além de não cumprir demonstrou incapacidade para lhe serem confiados quaisquer bens, já que se presume que teria agido de igual forma caso o bem que lhe fora confiado fosse de valor diferente.
O que cumpriu as instruções e levou a cabo com coragem e destemor a tarefa que lhe fora cometida, sem o medo da responsabilidade por ter de cuidar de tão avultados bens, mostrou um desprendimento notável porque, de facto, deu mais valor ao que lhe foi mandado fazer do que àquilo que lhe foi entregue.
Também não cedeu à possível tentação de se apropriar de uma autêntica fortuna, fazendo-a sua, dando-lhe o destino e aproveitamento que melhor lhe aprouvesse.
O resultado foi que recebeu como seu, definitivamente, o que lhe fora confiado acrescido do resultado da sua acção e, ainda, muitíssimo mais benefícios e bens.
Para ver desde o início, clicar aqui: http://sextodosnove-ontiano.blogspot.com/
Textos de Reflexão para 20 de Novembro
Sábado 20 Nov
Evangelho: Lc 20, 27-40
27 Aproximaram-se depois alguns saduceus, que negam a ressurreição, e fizeram-Lhe a seguinte pergunta: 28 «Mestre, Moisés deixou-nos escrito: “Se morrer o irmão de algum homem, tendo mulher, e não deixar filhos, case-se com ela o seu irmão, para dar descendência ao irmão”. 29 Ora, havia sete irmãos. O primeiro casou, e morreu sem filhos. 30 Casou também o segundo com a viúva, e morreu sem filhos. 31 Casou depois com ela o terceiro. E assim sucessivamente todos os sete; e morreram sem deixar filhos. 32 Morreu enfim também a mulher. 33 Na ressurreição, de qual deles será ela mulher, pois que o foi de todos os sete?». 34 Jesus disse-lhes: «Os filhos deste mundo casam e são dados em casamento, 35 mas os que forem julgados dignos do mundo futuro e da ressurreição dos mortos, não desposarão mulheres, nem as mulheres homens, 36 porque não poderão jamais morrer; porquanto são semelhantes aos anjos e são filhos de Deus, visto serem filhos da ressurreição. 37 Que os mortos hajam de ressuscitar, o mostrou também Moisés no episódio da sarça, quando chamou ao Senhor o Deus de Abraão, o Deus de Isaac, e o Deus de Jacob. 38 Ora Deus não é Deus de mortos, mas de vivos, porque para Ele todos são vivos». 39 Alguns dos escribas disseram-Lhe: «Mestre, falaste bem». 40 Dali em diante, não se atreveram mais a interrogá-l'O.
Comentário:
Nestes tempos em que parece que o que interessa é o dia que vivemos, que o futuro, mais ou menos longínquo, poderá ou não ser qualquer coisa que a situação presente, tão volátil, não permite sequer imaginar, pensar na Vida Eterna parece ser, para muitos, uma perda de tempo. E não deveria ser porque é, com toda a certeza a única verdade que não oferece interrogação. Pensar na morte é considerado de mau gosto e perfeitamente dispensável; o que interessa é pensar na vida.
Grande erro e colossal engano!
A consideração de que a única verdade que possuímos, de facto, é que, um dia havemos de morrer, deveria ocupar mais que um ligeiro pensamento fugaz, mas antes, uma preocupação real em estar preparado e disposto para que, quando inevitavelmente aconteça, nos encontre prevenidos e prontos para essa derradeira viagem que não tem fim.
Agora! Agora, enquanto estamos vivos, é o tempo de pensar na morte!
(ama, comentário sobre Lc 20, 27-40, 2010.10.22)
Mas sendo Deus sumamente misericordioso não deveria haver outro tipo de destino para as almas a ele condenadas?
Na verdade é Deus sumamente misericordioso e por isso dá todas as possibilidades ao homem de orientar a sua vida de modo a não merecer este destino, cabendo unicamente a este a possibilidade de evitar esta condenação.
(ama, comentário sobre Inferno 5, 2010.10.22)
Doutrina: CCIC – 565: Quando é que o cidadão não deve obedecer à
autoridade civil?
CIC – 2242-2243; 2256
Em consciência, o cidadão não deve obedecer quando os mandamentos das autoridades civis se opõem às exigências da ordem moral: «É necessário obedecer mais a Deus do que aos homens» (Act 5,29).
Tema para breve reflexão - 2010.11.20
Tristeza 5
Há duas espécies de tristeza: uma que perdeu a esperança, que deixou de confiar no amor e na verdade e, consequentemente, insidia e , destrói o homem por dentro; mas há também a tristeza que deriva da comoção provocada pela verdade' e leva o homem à conversão, à resistência contra o mal. Esta tristeza cura, porque ensina o homem a esperar e a amar de novo. Um exemplo do primeiro tipo de tristeza é Judas, que, horrorizado pela própria queda, já não ousa esperar mais e enforca-se dominado pelo desespero. Ao segundo género pertence a tristeza de Pedro, que, tocado pelo olhar do Senhor, desata em lágrimas salvadoras: estas fazem sulcos no terreno da sua alma. Recomeça do princípio e torna-se um homem novo.
(Bento XVI, Jesus de Nazaré, Esfera dos Livros, 3ª ed., 2007, p. 125)