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Bom Dia! 45



Dar a Deus é também, perdoar. 
Quando se perdoa, de facto, está-se a cumprir o que o Pai-Nosso aconselha: «perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido».


Muitas pessoas guardam como que um “registo” de ofensas que lhe tenham sido feitas e, quando julgado oportuno, esse registo vem à tona para justificar uma atitude de repúdio ou desinteresse por alguém.

A capacidade de perdoar é o que mais aproxima o homem de Deus e o que, realmente, o torna semelhante a Ele.

E, afinal o que é o perdão?

A - Tomar a ofensa como não existente?
B - Considerar que a pessoa não tinha a intenção de ofender?
C - Mas, como é que, realmente, nos ofendeu?

Vejamos:

A - Tomar a ofensa como não existente?

É difícil considerar que não existe algo que nos magoa e fere os nossos sentimentos quando tal foi expresso por outra pessoa.
Mas, de facto, essa outra pessoa merece crédito naquilo que disse ou fez?
Quer dizer, tem autoridade pessoal e, sobretudo moral, para o fazer?
Se a tem, então, não se trata de uma ofensa mas, quando muito, de um reparo autorizado que só pode ter como intenção corrigir-nos e, neste caso, não existindo ofensa não há lugar a perdão mas a agradecimento.

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Textos de Reflexão para 13 de Novembro

Sábado 13 Nov

Evangelho: Lc 18, 1-8

1 Disse-lhes também uma parábola, para mostrar que importa orar sempre e não cessar de o fazer: 2 «Havia em certa cidade um juiz que não temia a Deus nem respeitava os homens. 3 Havia também na mesma cidade uma viúva, que ia ter com ele, dizendo: Faz-me justiça contra o meu adversário. 4 Ele, durante muito tempo, não a quis atender. Mas, depois disse consigo: Ainda que eu não tema a Deus nem respeite os homens, 5 todavia, visto que esta viúva me importuna, far-lhe-ei justiça, para que não venha continuamente importunar-me». 6 Então o Senhor acrescentou: «Ouvi o que diz este juiz iníquo. 7 E Deus não fará justiça aos Seus escolhidos, que a Ele clamam dia e noite, e tardará em socorrê-los? 8 Digo-vos que depressa lhes fará justiça. Mas, quando vier o Filho do Homem, julgais vós que encontrará fé sobre a terra?».

Comentário:

Jesus insistiu muitas vezes na necessidade de perseverar na    oração.
Não o recomendou porque Deus precise da nossa oração para alguma coisa - Deus não precisa de nada - mas porque nós, homens, necessitamos, diria eu, desesperadamente, da oração, para nos mantermos vivos espiritualmente e, até, fisicamente.
Como já temos considerado algumas vezes, temos bem presente que rezar não é fazer grandes coisas, práticas intermináveis, orações extensíssimas, enfim; rezar é sobretudo falar intimamente com Deus, de filho para Pai, com respeito, sem dúvida, mas com enorme confiança e indiscutível amor.
«Sê ainda mais audaz e, quando precisares de alguma coisa, sempre disposto a dizer "Fiat" - faça-se a Tua Vontade - não peças; diz: "Jesus, quero isto ou aquilo", porque é assim que pedem as crianças.» (S. Josemaría, Caminho, 403)
Nada posso acrescentar a estas sábias palavras. Os nossos filhos pequenos sempre nos pediram as coisas assim: "Quero isto!...” nós, na nossa sabedoria de pais, julgámos sempre da conveniência de acedermos ou não ao pedido.
Não poucas vezes porém, a nossa decisão foi influenciada pela insistência da criança que nos "massacrou" a paciência repetindo uma e outra vez a mesma cantilena: - "Pai, quero isto!; Pai, dá-me aquilo!..."
"Massacremos", diria eu, a "paciência" do Nosso Pai do Céu, com os nossos pedidos de ajuda, sem descanso, sem receio e com confiança.
Ao ver a nossa determinação e "teimosia", a Nossa Mãe do Céu, cujo mês do Rosário estamos vivendo, intercederá por nós e, tal como nas bodas de Caná, não obstante não ter chegado a Sua hora, porque Ela intercedeu pelos noivos, Jesus fará o milagre e atenderá às nossa necessidades. 

(ama, palestra, Ponte de Lima Outubro de 1993)

Tema: Novíssimos – Paraíso 3

Como imaginar o Paraíso? Se conseguir-mos fazer uma ideia da suprema beleza, da tranquilidade absoluta, do gozo mais perfeito e completo, talvez nos aproximemos um pouco dessa realidade. 

(ama, comentário sobre Paraíso 3, 2010.10.20)

Doutrina: CCIC – 558: Quais as fontes da oração cristã?
                   CIC – 2652 – 2662

São: a Palavra de Deus, que nos dá a «sublime ciência de Cristo» (Filp 3,8); a Liturgia da Igreja que anuncia, actualiza e comunica o mistério da salvação; as virtudes teologais; as situações quotidianas, porque nelas podemos encontrar Deus.

«Eu Vos amo, Senhor, e a única graça que Vos peço é a de Vos amar eternamente. Meu Deus, se a minha língua não pode repetir, a todo o momento, que Vos amo, quero que o meu coração o repita tantas vezes quantas eu respiro».  (S. João Maria Vianney).

Tema para breve reflexão - 2010.11.13

Prazer físico

Longe de desenvolver e de aperfeiçoar o indivíduo, o abuso desenfreado do prazer físico (e, neste caso, o único freio válido e digno do homem é a moral) não faz mais que degradar e arruinar, tanto o corpo, como a alma. Mata a vida da inteligência, escraviza a vontade, murcha toda a frescura do coração, e gera as mais tristes e cruéis aberrações, físicas e morais.

(A. Veloso, BROTÉRIA, Vol. LXX, nr. 6, nr. 666)