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18/10/2010

Questões Litúrgicas - Hora da Missa Vespertina

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Pergunta:

Gostaria de saber qual é o documento – se existir – que indique a hora a partir da qual se considera [parte da tarde] para celebrar a missa vespertina. Sei que é de tarde, mas quando é que se considera parte de tarde, às 12:00h? Às 12:30?

Resposta:

O documento onde se encontram as regras que permitem responder à sua pergunta chama-se “Normas gerais sobre o ano litúrgico e o calendário”. Logo no início, esse documento diz três coisas: como se santifica cada dia litúrgico, quando começa e acaba o dia litúrgico, e quando começa a celebração do domingo e das solenidades: “Cada dia litúrgico é santificado com celebrações litúrgicas..., de modo particular com o Sacrifício eucarístico e o Ofício divino. O dia litúrgico começa à meia noite e termina na meia noite seguinte. Mas a celebração do domingo e das solenidades começa na tarde do dia precedente” (n. 3).
Como é fácil de perceber, esta última frase completa, em relação ao que a segunda dissera sobre duração do dia litúrgico em geral, o que se refere à celebração do domingo e das solenidades. Por outras palavras: na segunda frase diz-se que o dia litúrgico em geral vai da meia noite desse dia à meia noite seguinte; na terceira afirma-se que, celebrativamente falando, o domingo e as solenidades não começam à meia noite dos respectivos dias, mas na tarde do dia precedente. A que horas exactas? O texto deste n. 3 não o diz.
Será que as “Normas gerais” esclarecem o problema das horas noutro número qualquer? No n. 11 diz-se assim: “... A celebração [das solenidades] inicia-se com as Vésperas I no dia anterior. Algumas solenidades têm também Missa própria da vigília, que se utiliza na tarde do dia anterior, se a Missa se celebra nas horas vespertinas”.
Este n. 11 completa e esclarece o n. 3, no que respeita ao modo de dar início à celebração das solenidades no dia anterior. Essa celebração começa com as Vésperas I e com a Missa própria da vigília, no caso de a solenidade a ter. E a que horas se celebram essas Vésperas I ou essa missa da vigília? Diz o texto: “nas horas vespertinas”. E o que são “horas vespertinas”? São as horas próximas do aparecimento da estrela Vésper, que começa a ver-se ao anoitecer. Diz o dicionário: “Vésper é a estrela da tarde, designação dada ao planeta Vénus, quando se avista à tarde, após o pôr do Sol, por em tempos se ter considerado como estrela”.
Como vê, foi preciso todo este raciocínio para lhe dar agora a resposta à sua pergunta. A expressão “Missa vespertina” refere-se à Missa celebrada na tarde do dia anterior ao domingo ou às solenidades litúrgicas. Mas esta “tarde” não se refere à parte do dia que tem início às nossas 12,00 horas actuais, mas sim às horas próximas do aparecimento da estrela Vésper (aliás, planeta Vénus). Digamos, portanto, que esta “tarde” se aproxima mais do pôr do sol do que do meio dia ou das três da tarde.
Então a que horas se celebra a Missa vespertina? Celebra-se na tarde do dia anterior ao domingo ou à solenidade, nas horas estabelecidas pelo Bispo da diocese, regra geral entre as 17,00 e as 19,00 horas.
É neste sentido que deve entender-se o que diz o n. 11 das “Normas gerais”, quando aí se esclarece que a “Missa própria da vigília se utiliza na tarde do dia anterior, se a Missa se celebra nas horas vespertinas”. Sublinho a expressão “se a Missa de celebra nas horas vespertinas”, ou seja, ao cair da tarde.
E se não se celebrar a essas horas vespertinas, mas logo a seguir ao meio dia, ou mesmo às três da tarde? Em tal caso não é permitido utilizar os textos dessa Missa, e muito menos chamar a essa celebração Missa da vigília ou Missa vespertina, dado que a palavra litúrgica vigília está sempre relacionada com a noite (Vigília pascal, noite de vigília, Vigília do Pentecostes, etc.) e que a palavra vespertina se refere, como já disse, ao tempo próximo do pôr do sol.
Acerca da Vigília pascal dizem as “Normas gerais do ano litúrgico”: “Toda a celebração desta sagrada Vigília deve fazer-se durante a noite, de modo que ou comece depois do anoitecer ou termine antes da aurora do domingo” (n. 21).
Como vê, caro consulente, se não há propriamente nenhum documento que indique as horas precisas em que se deve celebrar a Missa vespertina, este conjunto de indicações permite-nos afirmar que o tempo próprio para tais Missas não é a primeira parte da tarde mas sim a última parte. Penso, aliás, que é assim que acontece onde quer que se celebrem Missas vespertinas.

Retirado do site do Secretariado Nacional de Liturgia.
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Tema para breve reflexão - 2010.10.18

Alma

A fé católica manda defender que as almas são criadas imediatamente por Deus.

(pio XII, Encíclica Humani Genéris)

Bom Dia! Outubro 18, 2010


Vem outra vez ao de cima o “pauca fidelis”, mentir nas pequenas coisas cria, nos outros uma disposição a não acreditar em nada do que esse outro diga ou faça o que, não sendo justo, é, porém, uma consequência natural do comportamento que se tem.
Um dos maiores elogios que Jesus Cristo faz a alguém e que o Evangelho nos relata é o acontecido com Bartolomeu:
«Jesus viu Natanael, que vinha ao seu encontro, e disse dele: «Aí vem um verdadeiro israelita, em quem não há fingimento.»([i]), referindo claramente a importância que tem o comportamento veraz, autêntico, sem duplicidades ou levado pela fantasia.

Onde esta faceta humana adquire, talvez, maior relevância é entre os profissionais da comunicação social, falada ou escrita. Da tendência a construir uma história a partir de meia dúzia de coisas que se conheceram de forma esparsa e desgarrada de contexto até à especulação pura e simples é tão frequente que quase se aceita como inevitável.
Tenho o direito de informar – dizem – ao que se pode contrapor, tenho igualmente direito a ser bem informado.

Os direitos e os deveres das pessoas nunca são isolados, quer dizer, ninguém tem só direitos como, também, não tem só deveres.
Ao direito de alguém corresponde sempre o dever de outrem a única diferença, talvez, resida em que se os direitos são iguais os deveres não o são.

Retomando o assunto sobre a veracidade, o dever de falar com verdade é tanto mais importante e pode revestir-se de gravidade especial como a circunstância particular ou a pessoa a quem se aplique; uma pessoa adulta tem mais obrigações que uma outra que seja ainda criança.

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[i] Jo 1,43-51

Textos de Reflexão para 18 de Outubro


Evangelho: Lc 10, 1-9

1 Depois disto, o Senhor escolheu outros setenta e dois, e mandou-os dois a dois à Sua frente por todas as cidades e lugares onde havia de ir. 2 Disse-lhes: «Grande é na verdade a messe, mas os operários poucos. Rogai, pois, ao dono da messe que mande operários para a Sua messe. 3 Ide; eis que Eu vos envio como cordeiros entre lobos. 4 Não leveis bolsa, nem alforge, nem calçado, e não saudeis ninguém pelo caminho. 5 Na casa em que entrardes, dizei primeiro: A paz seja nesta casa. 6 Se ali houver algum filho da paz, repousará sobre ele a vossa paz; senão, tornará para vós. 7 Permanecei na mesma casa, comendo e bebendo do que tiverem, porque o operário é digno da sua recompensa. Não andeis de casa em casa. 8 Em qualquer cidade em que entrardes e vos receberem, comei o que vos puserem diante; 9 curai os enfermos que nela houver, e dizei-lhes: Está próximo de vós o reino de Deus.
Comentário:

O Evangelho que acabamos de ler convida-nos a procurar saber que messe é essa acerca da qual o Senhor nos diz: “A messe é grande e os trabalhadores são poucos. Pedi, pois, ao senhor da messe que envie trabalhadores para a sua messe.” Foi então que Ele enviou, para além dos doze discípulos a que chamou apóstolos (“enviados”), mais setenta e duas pessoas. E mandou-os a todos, como se percebe pelas suas palavras, trabalhar numa messe já pronta. Para que messe? Não era entre os pagãos, onde ninguém havia semeado, que eles iam fazer a colheita. É de supor, pois, que a colheita tivesse lugar entre os judeus; foi para aí recolher que veio o senhor da messe. Aos outros povos, envia quem semeie, e não quem recolha. A colheita faz-se, pois, entre os judeus; entre os outros, semeia-se. E foi nitidamente recolhendo entre os judeus que Ele escolheu os apóstolos; era o tempo da colheita, as espigas estavam maduras, porque os profetas tinham semeado entre eles. […]
E disse-lhes também: “Outros trabalharam e vós aproveitais-vos do seu trabalho” (38). Abraão, Isaac, Jacob, Moisés e os profetas trabalharam; sofreram para semear o grão de trigo. Na sua vinda, o Senhor encontrou as espigas maduras e enviou quem as colhesse com a foice do Evangelho. 

(Stº. Agostinho, Sermões, 101)

Tema: Virtudes - Pureza 2

A santa pureza, parte da virtude da temperança, inclina-nos prontamente e com alegria a moderar o uso da faculdade generativa, segundo a luz da razão ajudada pela fé. 

(S. Tomás de aquino, Suma Teológica, 2-2 q. 151 a. 2, ad I)

Doutrina: CCIC – 433:  Porque é que a vida moral dos cristãos é indispensável
                                         para o anúncio do Evangelho?
                  CIC 2044-2046

Porque, com a sua vida conforme ao Senhor Jesus, os cristãos atraem os homens à fé no verdadeiro Deus, edificam a Igreja, modelam o mundo com o espírito do Evangelho e apressam a vinda do Reino de Deus.



OS DEZ MANDAMENTOS

Êxodo 20, 2-17

Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egipto, dessa casa da escravidão.
Não terás outros deuses perante Mim. Não farás para ti nenhuma imagem esculpida, nem figura que existe lá no alto do céu, ou cá em baixo, na terra, ou nas águas debaixo da terra. Não te prostrarás diante delas nem lhes prestarás culto, porque Eu, o Senhor teu Deus, sou um Deus cioso: castigo a ofensa dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que Me ofendem; mas uso de misericórdia até à milésima geração com aqueles que me amam e guardam os meus mandamentos.
Não invocarás em vão o Nome do Senhor teu Deus, porque o Senhor não deixa sem castigo quem invocar o seu Nome em vão.
Recorda-te do dia do Sábado para o santificar. Durante seis dias trabalharás e farás todos os trabalhos. Mas o sétimo dia é o Sábado do Senhor teu Deus. Não farás nele nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho ou tua filha, nem o teu servo nem a tua serva, nem teu gado, nem o estrangeiro que vive em tua cidade. Porque em seis dias o Senhor fez o Céu e a Terra, o mar e o que eles contêm: mas ao sétimo descansou. Por isso o Senhor abençoou o dia de Sábado e o consagrou .
Honra pai e mãe, a fim de prolongares os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te vai dar.
Não matarás.
Não cometerás adultério.
Não roubarás.
Não levantarás falso testemunho contra o teu próximo.
Não cobiçarás a casa do teu próximo.
Não desejarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo nem a sua serva, o seu boi ou o seu jumento, nem nada do que lhe pertença.

Deuteronómio 5, 6-21

Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egipto, dessa casa da escravidão.
Não terás outros deuses diante de Mim....
Não invocarás em vão o Nome do Senhor teu Deus....
Guarda o dia do Sábado para o santificar
Honra teu pai e tua mãe...
Não matarás.
Não cometerás adultério.
Não roubarás.
Não levantarás falso testemunho contra o teu próximo.
Não desejarás a mulher do teu próximo; Não cobiçarás… nada que pertença ao teu próximo.

Fórmula da Catequese

Eu sou o Senhor teu Deus:

Primeiro: Adorar a Deus e amá-lo sobre todas as coisas.
Segundo: Não invocar o santo nome de Deus em vão.
Terceiro: Santificar os Domingos e festas de guarda.
Quarto: Honrar pai e mãe (e os outros legítimos superiores).
Quinto: Não matar (nem causar outro dano, no corpo ou na alma, a si mesmo ou ao próximo).
Sexto: Guardar castidade nas palavras e nas obras.
Sétimo: Não furtar (nem injustamente reter ou danificar os bens do próximo).
Oitavo: Não levantar falsos testemunhos (nem de qualquer outro modo faltar à verdade ou difamar o próximo)
Nono: Guardar castidade nos pensamentos e desejos.
Décimo: Não cobiçar as coisas alheias.

Estes dez mandamentos resumem-se em dois que são:

Amar a Deus sobre todas as coisas.

E ao próximo como a nós mesmos.

Textos de Reflexão para 18 de Outubro

Evangelho: Lc 10, 1-9

1 Depois disto, o Senhor escolheu outros setenta e dois, e mandou-os dois a dois à Sua frente por todas as cidades e lugares onde havia de ir. 2 Disse-lhes: «Grande é na verdade a messe, mas os operários poucos. Rogai, pois, ao dono da messe que mande operários para a Sua messe. 3 Ide; eis que Eu vos envio como cordeiros entre lobos. 4 Não leveis bolsa, nem alforge, nem calçado, e não saudeis ninguém pelo caminho. 5 Na casa em que entrardes, dizei primeiro: A paz seja nesta casa. 6 Se ali houver algum filho da paz, repousará sobre ele a vossa paz; senão, tornará para vós. 7 Permanecei na mesma casa, comendo e bebendo do que tiverem, porque o operário é digno da sua recompensa. Não andeis de casa em casa. 8 Em qualquer cidade em que entrardes e vos receberem, comei o que vos puserem diante; 9 curai os enfermos que nela houver, e dizei-lhes: Está próximo de vós o reino de Deus.
Comentário:

O Evangelho que acabamos de ler convida-nos a procurar saber que messe é essa acerca da qual o Senhor nos diz: “A messe é grande e os trabalhadores são poucos. Pedi, pois, ao senhor da messe que envie trabalhadores para a sua messe.” Foi então que Ele enviou, para além dos doze discípulos a que chamou apóstolos (“enviados”), mais setenta e duas pessoas. E mandou-os a todos, como se percebe pelas suas palavras, trabalhar numa messe já pronta. Para que messe? Não era entre os pagãos, onde ninguém havia semeado, que eles iam fazer a colheita. É de supor, pois, que a colheita tivesse lugar entre os judeus; foi para aí recolher que veio o senhor da messe. Aos outros povos, envia quem semeie, e não quem recolha. A colheita faz-se, pois, entre os judeus; entre os outros, semeia-se. E foi nitidamente recolhendo entre os judeus que Ele escolheu os apóstolos; era o tempo da colheita, as espigas estavam maduras, porque os profetas tinham semeado entre eles. […]
E disse-lhes também: “Outros trabalharam e vós aproveitais-vos do seu trabalho” (38). Abraão, Isaac, Jacob, Moisés e os profetas trabalharam; sofreram para semear o grão de trigo. Na sua vinda, o Senhor encontrou as espigas maduras e enviou quem as colhesse com a foice do Evangelho. 

(Stº. Agostinho, Sermões, 101)

Tema: Virtudes - Pureza 2

A santa pureza, parte da virtude da temperança, inclina-nos prontamente e com alegria a moderar o uso da faculdade generativa, segundo a luz da razão ajudada pela fé. 

(S. Tomás de aquino, Suma Teológica, 2-2 q. 151 a. 2, ad I)

Doutrina: CCIC – 433:  Porque é que a vida moral dos cristãos é indispensável
                                         para o anúncio do Evangelho?
                  CIC 2044-2046

Porque, com a sua vida conforme ao Senhor Jesus, os cristãos atraem os homens à fé no verdadeiro Deus, edificam a Igreja, modelam o mundo com o espírito do Evangelho e apressam a vinda do Reino de Deus.