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14/10/2010

Bom Dia! Outubro 14, 2010





A Confissão Sacramental é o que a Igreja Católica aconselha aos seus filhos como condição, única, para que a situação fique, definitivamente resolvida. O bem alcançado é superior ao mal praticado e, até no foro íntimo pessoal, a satisfação sentida ultrapassa o sentimento de culpa que possa ter-se.

 “Eu confesso-me a Deus”, ouve-se dizer, querendo com isto significar que o Sacramento tal como instituído por Cristo, não é necessário para alcançar o perdão. Mas o que quer dizer-se, realmente, é: não encontro vantagem ou necessidade na Confissão Sacramental, basta-me o reconhecimento pessoal do erro e a pena de o ter cometido ou consentido nele.
É um engano e um engano que pode acarretar graves consequências.
Em primeiro lugar porque se pretende que a Confissão Sacramental não é um acto formal exigido por Jesus Cristo que, ao dar o poder de perdoar os pecados aos Seus Apóstolos – e, consequentemente, aos Seus sucessores através do tempos – ([i]) especifica de forma clara como se obtêm o perdão de Deus para as faltas confessadas.
Não se encontra no Evangelho nenhuma passagem que atribua esta faculdade a mais ninguém e, nem sequer, ao arrependido.
Porquê?
Será que Deus – tal como acredito – que me vê e ouve – não conhece o meu arrependimento e está disposto a perdoar-me?
È evidente que sim. Se voltamos atrás, Cristo não deseja condenar ninguém mas sim salvar e redimir. Escolhe, de forma clara, a forma de obter o perdão divino e não cabe ao homem discutir se esta escolha está ou não correcta.

Quem usa a Confissão Sacramental com regularidade encontrará sempre um benefício íntimo e, até, satisfação, que levarão à sua alma uma alegria e bem-estar insuspeitados. É a confirmação do que anotámos acima ([ii]).
Quem tem por costume a Confissão frequente e regular encontra uma forma eficaz de combater os defeitos e sinais concretos para progredir na melhoria pessoal, já que, o Sacramento não tem apenas o efeito de perdoar as faltas praticadas mas, também de dar forças e meios para evitar as futuras.

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[i] Mt 18, 18
[ii] Lc 15, 7

Tema para breve reflexão - 2010.10.14

Virtudes – Fé 5

A fé projecta uma luz nova sobre a vida do homem, explica-lhe o seu sentido, anima-o a caminhar e condu-lo ao Céu.

(Javier Abad Goméz, Fidelidade, Quadrante, 1989, pg 55)

Textos de Reflexão para 14 de Outubro

Evangelho: Lc 11, 47-54

47 Ai de vós, que edificais sepulcros aos profetas, e foram vossos pais que lhes deram a morte! 48 Assim dais a conhecer que aprovais as obras de vossos pais; porque eles os mataram, e vós edificais os seus sepulcros. 49 Por isso disse a sabedoria de Deus: Mandar-lhes-ei profetas e apóstolos, e eles darão a morte a uns e perseguirão outros, 50 para que a esta geração se peça conta do sangue de todos os profetas, derramado desde o princípio do mundo, 51 desde o sangue de Abel até ao sangue de Zacarias, que foi morto entre o altar e o templo. Sim, Eu vos digo que será pedida conta disto a esta geração. 52 Ai de vós, doutores da lei, que usurpastes a chave da ciência, e nem entrastes vós, nem deixastes entrar os que queriam entrar!». 53 Dizendo-lhes estas coisas, os fariseus e doutores da lei começaram a insistir fortemente e a importuná-Lo com muitas perguntas, 54 armando-Lhe ciladas, e buscando ocasião de Lhe apanharem alguma palavra da boca para O acusarem.

Comentário:

Continuamos ainda no 11º capítulo do Evangelho de S. Lucas. Começa com um ensinamento precioso – o Pai-nosso – com a recomendação insistente da necessidade de orar com perseverança continuando, depois, até estes sete versículos finais num discurso directamente dirigido aos fariseus e doutores da lei.
De facto esta gente procura perder Jesus, desautorizá-lo pô-lo a ridículo, mas, isso, a Jesus pouco lhe importa pessoalmente o que o preocupa, por assim dizer, é o mal que estas atitudes podem fazer aos que O seguem e ouvem com o coração limpo e bem-disposto.
Por isso, de certa forma, os desmascara e põe a nu a falsidade e falta de seriedade dos seus argumentos e do seu comportamento.
A Cristo, não Lhe interessa uma disputa estéril e sem sentido, quer esclarecer as pessoas humildes – as ovelhas sem pastor – que confundidas e sobrecarregadas vêm ter consigo para ouvir as Suas palavras de vida eterna. 

(ama, comentário sobre Lc 1, 47-54, 2010.08.10)

Tema: Virtudes – Paciência 5

Recorda-te que as abelhas no tempo em que fazem o mel comem e sustentam-se de um mantimento muito amargo; e assim nós não podemos praticar actos de maior mansidão e paciência, nem compor o mel das melhores virtudes, senão quando comemos o pão da amargura e vivemos no meio das aflições. 

(S. Francisco de Sales, Introducción a la vida devota, III, 3, trad ama)

Doutrina: CCIC – 429: Como é que a Igreja alimenta a vida moral do cristão?
                   CIC – 2030-2031;  2047

A Igreja é a comunidade onde o cristão acolhe a Palavra de Deus que contém os ensinamentos da «Lei de Cristo» (Gal 6,2); recebe a graça dos sacramentos; une-se à oferta eucarística de Cristo de modo que a sua vida moral seja um culto espiritual; e aprende o exemplo da santidade da Virgem Maria e dos Santos.