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Bom Dia! Outubro 09, 2010


Chegado o momento das opções sérias que podem mudar de forma mais ou menos radical a própria vida, a pessoa deficientemente formada não tem capacidade de eleição e, até talvez, lhe passe despercebido esse chamamento íntimo, que normalmente se denomina como vocação própria.
O que vou fazer da minha vida?
Esta a questão fundamental com a qual, mais tarde ou mais cedo, o homem se depara.
A descoberta da vocação implica uma finura interior, de carácter, de estabilidade de emoções e sentimentos que daram as pistas necessárias para que essa descoberta seja concretizada numa certeza: Sim, é isto que eu, definitivamente, quero para a minha vida.

Sem estas características o homem debate-se em mil opções diferentes que lhe vão surgindo com diversos matizes, quase sempre, vagos ou pouco concretos.
O pior é que pode passar o resto da sua vida neste estado de indecisão, movendo-se de uma opção para outra, mudando de sentido ou orientação ao sabor quer de conveniências que julga importantes ou quimeras com pouca ou nenhuma profundidade ou sustentação.
Daí surgem os maus profissionais que não cumprem o que é lícito esperar deles e que arrastam a tal vida medíocre e conformada que citámos antes.
Se este factos têm uma importância fundamental na vida do indivíduo e da sua integração na sociedade, ajustando-se num lugar e papel que sabe ser o seu e para o qual tem aptidões que adquiriu, ou seja, se exerce aquilo para o qual a sua vocação o inclinou parece legítimo deduzir-se que na ausência destas linhas mestras a pessoa tenda para um desajustamento e uma insatisfação pessoal permanentes podendo cair na tentação de procurar soluções tardias que pode ser levado a experimentar na tentativa de colmar essas faltas.
Daqui o abandono da profissão, ou da família que entretanto se foi formando, a troca das realidades estáveis pela cedência a impulsos criadores, quase sempre, de situações precárias de instabilidade.




Infelizmente, esta parece ser, cada vez mais, uma situação comum assistindo-se a um interminável cortejo de homens e mulheres, crianças e adultos vivendo vidas que não os tornam felizes de forma estável mas, talvez, apenas por escasso tempo. Poderiam – a palavra é forte – chamar-se “desajustados” que arrastam atrás de si inúmeras pessoas que, de alguma forma, são afectados por essas decisões.

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Textos de Reflexão para 09 de Outubro

Evangelho: Lc 11, 27-28

27 Aconteceu que, enquanto Ele dizia estas palavras, uma mulher, levantando a voz do meio da multidão, disse-Lhe: «Bem-aventurado o ventre que Te trouxe e os peitos a que foste amamentado». 28 Porém, Ele disse: «Antes bem-aventurados aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática».

Comentário:

A amplitude das bem-aventuranças fica aqui bem definida por Jesus. Fazer a vontade de Deus e pô-la em prática é o caminho certo para a Vida Eterna no seio de Deus.
Tudo o resto, a proximidade que possamos ter com Jesus, as muitas horas de oração que Lhe dediquemos, as boas obras que praticarmos, tudo isso, só terá de facto valor se for feito de acordo com essa Vontade Soberana do Nosso Senhor e Criador.
Senhor, o que queres que faça, agora, neste preciso momento, nesta situação em que me encontro, perante este problema que enfrento, com esta tarefa que tenho de levar a cabo?
Sim… que queres que faça?
Esta invocação simples, directa, confiante, filial terá sempre uma resposta. Poderá não ser aquela que esperamos mas é, seguramente, a que mais nos convém nesse determinado momento. 

(ama, comentário sobre Lc 11, 27-28, 2010.08.06)

Tema: Virtudes – Obediência 7

Muitas vezes parecia-me não poder suportar o trabalho conforme a minha natural capacidade; disse-me o Senhor: Filha, a obediência dá forças. 

(Stª Teresa d’Ávila, Fundaciones, prol. 2, trad ama)

Doutrina: CCIC – 424: Que outros tipos de graça existem?
                  CIC – 1999-2000; 2003-2004; 2023-2024

Para além da graça habitual, existem: as graças actuais (dons circunstanciais); as graças sacramentais (dons próprios de cada sacramento); as graças especiais ou carismas (que têm como fim o bem comum da Igreja), entre as quais as graças de estado, que acompanham o exercício dos ministérios eclesiais e das responsabilidades da vida.

Tema para breve reflexão - 2010.10.09

Novíssimos

A Igreja tão pouco pode omitir, sem grave mutilação da sua mensagem essencial, uma catequese constante sobre (…) os quatro novíssimos do homem: morte, juízo (particular e universal), inferno e glória. Numa cultura, que tende a encerrar o homem na sua vicissitude terrena mais ou menos conseguida, pede-se aos Pastores da Igreja uma catequese que abra e ilumine com a certeza da fé mais para além da vida presente; mais para além das portas misteriosas da morte perfila-se uma eternidade de gozo na comunhão com Deus ou de pena longe d’Ele.

(joão Paulo II, Exortação Apostólica Recontiliatio et Paenitentia, 02.12.1984, 26)