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05/10/2010

Bom Dia! Outubro 05, 2010




O primeiro computador era um monstro que ocupava vários andares de um prédio, de uma complexidade tal que só os seus criadores e muito poucas outras pessoas sabiam manejá-lo.
Hoje em dia, as crianças dedilham com frenesim eficaz pequenos aparelhos com muito mais potência e incontáveis capacidades que aquele primeiro que consumiu décadas a ser imaginado e construído. Mas, é evidente, se não tivesse sido descoberto o princípio “base” do computador seria impossível ter, hoje em dia, essas crianças – e adultos – usufruindo de máquinas que de tão vulgarizadas que estão já quase não passamos em elas.

Que tem isto a ver com o carácter?
Tem tudo a ver porque, uma vez mais, tem de se ter a noção que tudo quanto fazemos hoje, terá um efeito no futuro, próximo ou longínquo e que muitas pessoas – nunca saberemos quantas – serão beneficiadas com essa nossa preocupação em evoluir.
Também, é verdade, temos de ter a certeza que se não fizermos o que nos compete, ninguém o fará por nós, prejudicando assim a sociedade inteira talvez hipotecando o futuro próximo por causa de um alheamento actual.
Esta noção de que cada ser humano é individual e irrepetível tem de levar-nos a uma constante preocupação por ocupar o nosso lugar da forma correcta cumprindo o nosso papel, desenvolvendo a nossa actividade com as capacidades e potências que temos e vamos desenvolvendo ao longo da vida, desde que nascemos até ao último momento.
Como “ninguém nasce ensinado”, a formação do carácter assume uma importância fundamental no normal desenvolvimento da pessoa humana.
Os Pais, em primeiríssimo lugar, os professores e demais formadores têm aqui um papel crucial a levar a cabo junto dos jovens que começam a dar os primeiros passos na vida consciente.
Tal como na história dos computadores a criança que não recebeu desde o início as noções, por primárias e incipientes que sejam, de como caminhar na vida, dificilmente se adaptará à mesma vida. Descobrirá, inevitavelmente, muitas coisas por si mesma, mas não saberá formatá-las como necessita porque lhe falta o “disco” original que não recebeu em tempo.


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Textos de Reflexão para 05 de Outubro

Evangelho: Lc 10, 38-42

38 Indo em viagem, entrou numa aldeia, e uma mulher, chamada Marta, recebeu-O em sua casa. 39 Esta tinha uma irmã, chamada Maria que, sentada aos pés do Senhor, ouvia a Sua palavra. 40 Marta, porém, afadigava-se muito na contínua lida da casa. Aproximando-se, disse: «Senhor, não Te importas que a minha irmã me tenha deixado só com o serviço da casa? Diz-lhe, pois, que me ajude». 41 O Senhor respondeu-lhe: «Marta, Marta, tu afadigas-te e andas inquieta com muitas coisas 42 quando uma só coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada».
Meditação:

No início, dói-me sempre um pouco, confesso, este trecho do Evangelho. Parece-me que Jesus tem Marta em pouca conta ou que avalia, talvez com frieza, o serviço, que tão interessadamente presta.
Maria, sem dúvida que opta por uma atitude importante - a melhor parte - e que, essa opção é valiosa demais para poder ser ignorada. Será uma atitude que agrada a Cristo de tal forma que é declarada a sua inviolabilidade «não lhe será tirada» declara Jesus.
Quanto a Marta, poderia optar pela mesma atitude da irmã e, logo, objecto do mesmo louvor do Mestre.
De facto, Jesus, não recrimina Marta, apenas lhe aponta as prioridades.
Lembro que o Mestre era acompanhado por numerosa comitiva e que, Marta como boa de casa oriental sentia a necessidade de atender toda esta gente, proporcionar um acolhimento condigno com o estatuto e posição social da família.
Onde me levam estas considerações? Que Jesus foi duro, ou, pelo menos, pouco amável com Marta?
Não me parece. Julgo que, a confiança e amizade de Jesus pelos irmãos, Lhe permitiu a catequese necessária e esclarecedora no momento e que, Marta, terá compreendido perfeitamente as palavras do Mestre.
A escolha de cada um tem que ver, naturalmente, com a própria maneira de ser e, também com o sentido da oportunidade.
Pensando bem, Marta haveria de ter outras ocasiões de servir, de prestar aos outros a atenção e cuidados que se mostrassem necessários.
Já Maria terá querido aproveitar uma oportunidade soberana, que talvez não voltasse a apresentar-se, de ouvir, detida e atentamente, as palavras de Cristo.
Na casa dos Seus amigos, Jesus deveria gozar de alguns momentos de relativa privacidade.
Maria entra, assim, na privacidade de Jesus que a partilha com ela como desejaria partilhá-la com Marta se esta se detivesse, uns momentos que fossem, junto dele.
Jesus não tira valor a uma em detrimento da outra, apenas define, com a clareza e verdade que sempre usa, a melhor opção.
Chego, portanto à conclusão que, para servir, bem, Jesus é preciso primeiro ouvi-lo para saber qual a melhor forma de prestar esse serviço.

(ama, palestra sobre Lc 10 38-42, Esposende, 2010.07.18)

Tema: Virtudes – Obediência 3

A submissão - a obediência - não é incompatível com a liberdade, porque é a ordenação da liberdade. 

(Federico Suarez, A Virgem Nossa Senhora, Éfeso, 4ª Ed. nr. 153)

Doutrina: CCIC – 420: O que é a Nova Lei ou Lei evangélica?
                   CIC – 1965-1972; 1983-1985

A Nova Lei ou Lei evangélica, proclamada e realizada por Cristo, é a perfeição e cumprimento da Lei divina, natural e revelada. Resume-se no mandamento do amor a Deus e ao próximo, e de nos amarmos como Cristo nos amou; é também uma realidade interior dada ao homem: a graça do Espírito Santo que torna possível um tal amor. É a «lei da liberdade» (Tg 1,25), porque nos inclina a agir espontaneamente sob o impulso da caridade.

«A Lei nova é sobretudo a própria graça do Espírito Santo, dada aos crentes em Cristo» (S. Tomás de Aquino).

Tema para breve reflexão - 2010.10.05

Trabalho apostólico

A consideração das necessidades Espirituais do mundo deve levar-nos a um infatigável e generoso trabalho apostólico.

(Bíblia Sagrada, anotada pela Fac. de Teologia da Univ. de Navarra,, Comentário Mt 9, 36)