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02/10/2010

'Sabemos o que é educar'? e ’Educar: uma ciência e uma arte'

Sabemos o que é educar?

Recentemente publicou-se uma sondagem cujos resultados indicam que 91% dos pais estão preocupados pela formação académica dos seus filhos, 89% pela formação sexual (ainda que só 50% se preocupem com as relações sexuais dos seus filhos), a 70% preocupa-os o álcool e a 61% o acesso à pornografia.
Com estes dados a leitura que faço é que existe demasiada obsessão dos pais pela formação académica e que só preocupa aquilo que pode supor um "problema". Sim, já sei que talvez faça uma leitura pessimista.
Julgo que a maior parte dos pais se enganam no ponto de mira. O que deve ocupar-nos é a educação moral dos nossos filhos, o seu crescimento em virtudes. Se transmitimos aos nossos filhos que o melhor existe, lhes damos razões para tal e com a nossa vida lhes mostramos que é possível viver uma vida moral de máximos, eles lutarão por ser melhores, por estudar, terão razões para não cair na droga e para não considerar o sexo como algo de consumo.
A forma mais eficaz para que os nossos filhos possam ser felizes é dar-lhes ferramentas e razões para que, desde pequenos, queiram ser melhores.

Educar: uma ciência e uma arte

Que a educação dos filhos é uma tarefa complicada e difícil seja evidente, não supõe descobrir nada novo. Não existem receitas mágicas para oferecer mas sim algumas ideias que sirvam para reflectir.
Na educação esconde-se todo o misterioso do ser humano: Porque é que nem todos os filhos reagem igualmente à educação que se lhes dá? ¿Qual é a razão de que haja tantas diferenças entre irmãos? A educação é uma ciência e como tal pode estudar-se, teorizar sobre ela e facilitar ferramentas aos pais para que possam exercer o seu trabalho.
Mas a educação é também e julgo que em maior medida, uma arte. A formação da personalidade de um filho é uma tarefa muito mais delicada que a que um artista realiza com a sua obra. Esconde muitos mistérios, diferentes matizes e sobretudo o mais importante que o homem tem, a liberdade.
A obra artística que o autor realiza adapta-se ao que ele quer. O filho, como ser livre que é, necessita interiorizar o que se lhe transmite e torná-lo seu, não basta o trabalho dos pais, é necessário e fundamental contar com a livre vontade da obra, o filho.
Não existem receitas mágicas mas se tivesse que reduzir a duas palavras o fundamental para educar escolheria estas: carinho e exigência.

(ANÍBAL CUEVAS, A felicidade de andar por casa, in FLUVIUM, trad do castelhano por AMA, 2010.10.02)

Bom Dia! Outubro 02, 2010





Esta conduta é absolutamente normal e não tem que ver com ambição que é uma coisa diferente.
Ambicionar é normalmente um desejo exagerado de obter algo que se tem como ideal para a felicidade própria e que só se satisfaz quando se obtém. Desde este ponto de vista, a ambição é naturalmente má porque deforma os objectivos concretos nascidos de um desejo de melhoria em algo nascido da imaginação ou de simples impulsos pouco elaborados.
Querer possuir um automóvel melhor e mais confortável parece absolutamente legítimo e normal; querer que esse automóvel seja de uma determinada marca, cor, potência e outras especificidades não parece ser um objectivo sério porque, neste caso, talvez se jogue a “felicidade” ou aquilo que se possa considerar como tal, nesse bem concreto. Posso considerar-me feliz por ter um bom automóvel que satisfaça as minhas necessidades e corresponda ao meu gosto mas não é bom que só possa ser feliz, se esse mesmo bem for aquele que imaginei já que o mesmo não acrescentará nada à minha satisfação mas, talvez, ao meu ego.
Igualmente desejar ter meios económicos bastantes para levar uma vida confortável e proporcionar aos outros, à família, condições estáveis de vida e possível futuro não é o mesmo que querer ter muito mais meios de fortuna que permitam qualquer devaneio, a compra seja do que for mesmo que não seja necessário.






À primeira poderíamos chamar “paz económica” à segunda “ambição financeira”. Parece óbvio existirem grandes diferenças entre as duas – mesmo sem considerar o aspecto da legitimidade -, a primeira revela equilíbrio e razoabilidade, a segunda mero desejo que se expressa em algo que se pretende obter; a primeira satisfaz de forma permanente, a segunda, uma vez obtida, tende a conduzir a uma satisfação incompleta porque, entretanto, surgiu uma outra coisa que se deseja ainda mais.


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Textos de Reflexão para 02 de Outubro

Evangelho: Mt 18, 1-5

1 Naquela mesma ocasião aproximaram-se de Jesus os discípulos, dizendo: «Quem é o maior no Reino dos Céus?».2 Jesus, chamando uma criança, pô-la no meio deles3 e disse: «Na verdade vos digo que, se não vos converterdes e vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus.4 Aquele, pois, que se fizer pequeno como esta criança, esse será o maior no Reino dos Céus.5 E quem receber em Meu nome uma criança como esta, é a Mim que recebe.

Comentário:

É interessante verificar que, nos noticiários sobre as tragédias, acidentes e desastres que vão acontecendo pelo mundo, os jornalistas se refiram sempre com especial ênfase às crianças envolvidas.
De facto, atinge-nos sempre de forma especial, a notícia de crianças que sofrem ou morrem em acontecimentos ou actos violentos. O que, penso é normal, porque, uma criança, é um ser humano em formação que deve poder viver saudável e alegre para que chegue concretizar a esperança que nela, muitos, colocam.
Por isso não se compreende e não se pode aceitar que vão surgindo leis que tornam “oficial” crimes contra as crianças, como o aborto, ou a violentação aberrante das suas mais íntimas características de ser humano débil e indefeso. (ama, comentário sobre Mt 18, 1-5, 2010.07.30)

Tema: Eucaristia 7

Só mediante a Eucaristia é possível viver as virtudes heróicas do cristianismo, a caridade até ao perdão dos inimigos, até ao amor a quem nos faz sofrer, até ao dom da própria vida pelo próximo; a castidade em qualquer idade e situação da vida; a paciência, especialmente na dor e quando se está desconcertado pelo silêncio de Deus nos dramas da história ou da própria existência pessoal. Por isso sede sempre almas eucarísticas para dor ser cristãos autênticos. 

(joão Paulo II, Homília, 19.08.1979, trad do castelhano por ama)

Doutrina: CCIC – 417: Esta lei é percebida por todos?
                  CIC – 1960

Por causa do pecado, a lei natural nem sempre é percebida por todos com igual clareza e imediatez.
Por isso Deus  «escreveu nas tábuas da Lei o que os homens não conseguiam ler nos seus corações»  
(S. Agostinho)

Festa: Santos Anjos da Guarda

                                                                                                                               
Nota Histórica
Com o Sacrifício da Cruz, realizou-se a unidade entre todas as criaturas espirituais e materiais. Em virtude dessa unidade profunda do mundo em Jesus Cristo, os espíritos superiores, que são os Anjos, estão presentes à vida do homem, auxiliam-no, guardam-no e protegem-no.
É-nos impossível descobrir, com os sentidos, a sua acção e descrever a natureza da sua ajuda. «Contudo, a orientação do conjunto da nossa vida depende deles, em parte. Os Anjos podem agir na nossa maneira de julgar, intervir nas nossas decisões, apresentar-
-nos valores sobrenaturais» (Gustavo Thils).

A Igreja recomenda, por isso, que recorramos à intercessão dos Anjos da Guarda, especialmente nos momentos críticos da nossa vida. (snl)

Tema para breve reflexão - 2010.10.02

Devoção à Santíssima Virgem 

A devoção à Santíssima Virgem é fundamental, porque não há melhor meio de obter as graças de Deus que através da Sua Santa Mãe.

(S. Filipe de Neri, Máximas, F.W.Faber, Cromwell Press SN12 8PH, nr. 2-17, trad ama)