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25/09/2010

Tema para breve reflexão - 2010.09.25

Palavra

A palavra da vida não espera; se não nos apropriamos dela levá-la-á o demónio. Ele não é preguiçoso, antes tem os olhos sempre abertos e está sempre preparado para saltar, e levar consigo o Dom que vós não usais.

(Card. J. H. Newman, Sermão para o Domingo da Sexagésima: Chamadas da Graça)
Evangelho: Lc 9, 43-45
43 E todos se admiravam da grandeza de Deus. Enquanto todos admiravam as coisas que fazia, Jesus disse aos discípulos: 44 «Fixai bem estas palavras: O Filho do Homem está para ser entregue nas mãos dos homens». 45 Eles, porém, não entendiam esta linguagem; era-lhes tão obscura que não a compreendiam; e tinham medo de O interrogar acerca dela.
Comentário:

Às vezes, muitas infelizmente, deixamos que a dúvida ou ignorância se instalem e não fazemos o que podemos para saber a verdade ou adquirir os conhecimentos que precisamos. Porquê? A algumas vezes por comodismo outras, talvez a maior parte, porque temos receio da verdade. Os discípulos de Jesus sabiam que Ele não se enganava nem podia enganá-los. Como lhes fala de rendição, entrega nas mãos dos Seus inimigos, eventualmente, sofrer às suas mãos preferiam adiar a pergunta, o esclarecimento, a revelação total da verdade acerca do que estava para vir.
As respostas de Jesus não mudam consoante a altura em que são feitas pelo que, é sempre um erro adiar um esclarecimento de uma dúvida. Quanto mais cedo se conhecer a Verdade melhor se pode corresponder. 

(ama, comentário sobre Lc 9, 43-45, 2010.07.30)

Tema: Família Cristã

Os cristãos não nos sentimos melhores do que os outros, nem mais virtuosos. Mas – hoje, como sempre – estamos chamados pela graça de Deus a ser sal e luz do mundo, fermento da sociedade e, portanto, para revitalizar com o amor e a verdade de Cristo os ambientes culturais e sociais. O Senhor urge-nos dia a dia a sermos exemplo para muitos que vacilam, para lhes mostrar a beleza e o atractivo da nossa fé, no sentido divino do amor humano e, como consequência, do matrimónio fiel e indissolúvel, a grandeza da vocação matrimonial como caminho de santidade, a felicidade da maternidade e da paternidade como participação da paternidade e maternidade de Deus, mediante as quais Ele enriquece e faz crescer a família humana. E quando Deus não envia filhos a um casal que os deseja vivamente, este é outro modo de abençoar, para que estejam especialmente abertos a uma maternidade e a uma paternidade espiritual muito ampla.
Os pais, se interferirem em matérias que não são plena e exclusivamente da sua incumbência – como, por exemplo, a vida espiritual dos filhos – podem causar efeitos desastrosos. Assim, obrigar os filhos a frequentar os sacramentos, pode dar lugar a que se cometam sacrilégios; proibi-los de os receber, pode conduzir a que os filhos pequem opor falta de alimento interior e de energias; pode ser extremamente prejudicial impor um confessor ou proibir a confissão com determinado sacerdote. Não se pode ir mais longe que o que a Igreja determina. Os pais têm o dever de vigiar, fomentar e ajudar os filhos desenvolver a sua vida de piedade, sobretudo durante a infância, mas não devem ultrapassar o limiar da consciência; os filhos podem confiar-se livremente aos pais, mas estes não devem e esquecer que, nos assuntos da alma, quem tem graça de estado, é o sacerdote e, nesta zona, os filhos devem manter a sua independência, pois não dependem dos pais mas de Deus, que foi Quem criou as suas almas sem ajuda de ninguém. 

(Federico Suarez, A Virgem Nossa Senhora, Éfeso, 1967, pg. 154 – 155)

Doutrina: CCIC – 410: Como é que o homem participa na promoção do bem comum?
                  CIC – 1913-1917; 1926

Cada ser humano, segundo o lugar que ocupa e o papel que desempenha, participa na promoção do bem comum respeitando as leis justas e encarregando-se de sectores de que assume a responsabilidade pessoal, como o cuidado da própria família e o empenho no seu trabalho. Para além disso, os cidadãos, na medida do possível, devem tomar parte activa na vida pública.