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18/09/2010

Tema para breve reflexão - 2010.09.18

Não tenhas medo

Não tenhas medo. Aqui radica o elemento constitutivo da vocação. O homem, de facto, teme. Teme não somente ser chamado ao sacerdócio, como também ser chamado à vida, às suas obrigações, a uma profissão, ao matrimónio. Este temor mostra um sentido de responsabilidade imatura. Há que superar o temor para aceder a uma responsabilidade madura: há que aceitar a chamada, escutá-la, assumi-la, ponderá-la segundo as nossas luzes, e responder: sim, sim. Não temas, não temas, pois encontraste a graça, não temas a vida, não temas a tua maternidade, não temas o teu matrimónio, não temas o teu sacerdócio, pois encontraste a graça.
Esta certeza, esta consciência ajuda-nos da mesma forma que ajudou Maria. Com efeito,”a terra e o paraíso esperam pelo teu sim, oh Virgem Puríssima”. São palavras de S. Bernardo, famosas e formosíssimas palavras. Espera o teu sim, Maria. Espera o teu sim, mãe que vais ter um filho; espera o teu sim, homem que deves assumir uma responsabilidade pessoal, familiar, social.
Esta é a resposta de Maria, a resposta de uma mãe, a resposta de um jovem: um sim para toda a vida.

(joão Paulo II, Alocução, 1982.03.25)

Textos de Reflexão para 18 de Setembro

Sábado 18 Set

Evangelho: Lc 8, 4-15

4 Tendo-se juntado uma grande multidão de povo e, tendo ido ter com Ele de diversas cidades, disse Jesus esta parábola:5 «Saiu o semeador a semear a sua semente; ao semeá-la, uma parte caiu ao longo do caminho; foi calcada e as aves do céu comeram-na.6 Outra parte caiu sobre pedregulho; quando nasceu, secou, porque não tinha humidade.7 A outra parte caiu entre espinhos; logo os espinhos, que nasceram com ela, a sufocaram.8 Outra parte caiu em terra boa; depois de nascer, deu fruto centuplicado». Dito isto, exclamou: «Quem tem ouvidos para ouvir, oiça!».9 Os Seus discípulos perguntaram-Lhe o que significava esta parábola.10 Ele respondeu-lhes: «A vós é concedido conhecer o mistério do reino de Deus, mas aos outros ele é anunciado por parábolas; para que “vendo não vejam, e ouvindo não entendam”.11 Eis o sentido da parábola: A semente é a palavra de Deus.12 Os que estão ao longo do caminho, são aqueles que a ouvem, mas depois vem o demónio e tira a palavra do seu coração para que não se salvem crendo.13 Os que estão sobre pedregulho, são os que, quando a ouvem, recebem com gosto a palavra, mas não têm raízes; por algum tempo acreditam, mas no tempo da tentação voltam atrás.14 A que caiu entre espinhos, representa aqueles que ouviram a palavra, porém, indo por diante, ficam sufocados pelos cuidados, pelas riquezas e pelos prazeres desta vida, e não dão fruto.15 Enfim, a que caiu em terra boa, representa aqueles que, ouvindo a palavra com o coração recto e bom, a conservam e dão fruto com a sua perseverança.

Meditação:

''para que ouvindo não oiçam nem entendam''! A tanto chega Tua misericórdia, Senhor!?
Sim, se eu ouvir e entender e não puser em prática, mal estou mas, se clamo: que disseste, Senhor, que não entendi?, então, Tu, pacientemente ficas à espera que o meu espírito se abra à luz da Tua palavra e a minha vontade se decida a fazer o que devo.
Este mistério da Tua bondade - queres que TODOS os homens se salvem - leva-me a desejar ardentemente colaborar na Tua obra de evangelização, com palavras e com obras mas, sobretudo, com o exemplo.
Sendo o que sou e como sou, nada conseguirei sem Ti, por isso Te digo, Senhor: não sei nada, não posso nada, não tenho nada... sem Ti, não valho absolutamente nada. 

(ama, meditação sobre Lc 8, 4-15, 2009.09.18 Monte Real, Convento de Cristo Rei)

Tema: Liturgia 3

Poderá parecer-vos, talvez, que a Liturgia está feita de coisas pequenas: atitude do corpo, genuflexões, inclinações de cabeça, movimento do turíbulo, do missal, de galhetas. É então quando devemos recordar as palavras de Cristo no Evangelho: O que é fiel no pouco, sê-lo-á no muito (Lc. 16, 16). Por outro lado, nada é pequeno na Santa Liturgia, quando se pensa na grandeza daquele a quem se dirige. 

(paulo VI, Alocução na recitação do Angelus 1967.05.30, trad do castelhano por ama)

Doutrina: CCIC – 404: Que outras coisas requer uma autêntica
                                      convivência humana?
                  CIC – 1886-1889; 1895-1896

Requer o respeito da justiça, a justa hierarquia de valores e a subordinação das dimensões materiais e instintivas às superiores e espirituais. Em especial, onde o pecado perverte o clima social, é necessário apelar à conversão dos corações e à graça de Deus, para obter mudanças sociais que estejam realmente ao serviço de cada pessoa e de toda a pessoa. A caridade, que exige e torna capaz da prática da justiça, é o maior mandamento social.