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29/06/2010

SÃO PEDRO e SÃO PAULO

Dois homens tão diferentes e com caminhos tornados paralelos por causa de Cristo.
Um, pescador da Galileia, sem instrução, mal sabendo fazer as contas necessárias para o seu negócio, corajoso e indómito, capaz de se atirar ao mar para ir ter com o Mestre e logo duvidando, discutindo e, até, negando conhecer Aquele por quem dissera estar disposto a morrer.
O outro rapaz de boas famílias, bem-educado e de sólida formação intelectual, também corajoso e indómito e de se atrever nos caminhos de Damasco para cumprir o que julgava ser sua missão: prender os discípulos de Jesus a quem tinha por perigosos dissidentes da verdadeira doutrina.
O primeiro ressurge outro homem após o derrame de lágrimas de arrependimento sincero, sentido, verdadeiro.
O segundo ressurge outro homem após a queda das escamas que lhe impediam os olhos de ver a Verdade revelada por Jesus a Quem perseguia.
Jesus Cristo junta-os na edificação da Sua Igreja; ao primeiro confiando-lhe as chaves do Reino, ao segundo enviando-o na mais espantosa missão evangelizadora que o mundo conheceu até hoje.
Um chama-se Pedro, o outro Paulo, ambos são colunas sólidas, robustas, necessárias para sustentar o grande edifício da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo.
(ama, sobre S. Pedro e S. Paulo, 2010.06.29)

Textos de Reflexão para 29 de Junho

Evangelho: Mt 6, 13-19

13 E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal. 14 «Porque, se vós perdoardes aos homens as suas ofensas, também o vosso Pai celeste vos perdoará. 15 Mas, se não perdoardes aos homens, também o vosso Pai não perdoará as vossas ofensas. 16 «Quando jejuais, não vos mostreis tristes como os hipócritas que desfiguram o rosto para mostrar aos homens que jejuam. Na verdade vos digo que já receberam a sua recompensa. 17 Mas tu, quando jejuares, unge a tua cabeça e lava o teu rosto, 18 a fim de que não pareça aos homens que jejuas, mas sim a teu Pai, que está presente no oculto, e teu Pai, que vê no oculto, te dará a recompensa. 19 «Não acumuleis para vós tesouros na terra, onde a ferrugem e a traça os consomem, e onde os ladrões arrombam as paredes e roubam.

Comentário:

A nossa vitória sobre as tentações não consiste em não as sentir, consiste em não as consentir. 

(S. Francisco de Sales, Introdução à Vida Devota, Cap. XV) (citado por ama)

Tema: Tentação de julgar

Ainda que vísseis algo mau, não julgueis imediatamente o vosso próximo, antes desculpai-o no vosso interior. Desculpai a intenção, se não podeis desculpar a acção. Pensai que o terá feito por ignorância, ou por surpresa, ou por debilidade. Se a coisa é tão clara que não podeis dissimulá-la, ainda assim procurai acreditar deste modo, e dizei para vós mesmos: a tentação terá sido muito forte. 

(S. Bernardo, sermão sobre o Cantar dos Cantares) (citado por ama)


Festa: S. Pedro e S. Paulo




Nota Histórica

Desde o século III que a Igreja une na mesma solenidade os Apóstolos S. Pedro e S. Paulo, as duas grandes colunas da Igreja. Pedro, pescador da Galileia, irmão de André, foi escolhido por Jesus Cristo como chefe dos Doze Apóstolos, constituído por Ele como pedra fundamental da Sua Igreja e Cabeça do Corpo Místico. Foi o primeiro representante de Jesus sobre a terra.
S. Paulo, nascido em Tarso, na Cilícia, duma família judaica, não pertenceu ao número daqueles que, desde o princípio, conviveram com Jesus. Perseguidor dos cristãos, converte-se, pelo ano 36, a caminho de Damasco, tornando-se, desde então, Apóstolo apaixonado de Cristo. Ao longo de 30 anos, anunciará o Senhor Jesus, fundando numerosas Igrejas e consolidando na fé, com as suas Cartas, as jovens cristandades. Foi o promotor da expansão missionária, abrindo a Igreja às dimensões do mundo.
Figuras muito diferentes pelo temperamento e pela cultura, viveram, contudo, sempre irmanados pela mesma fé e pelo mesmo amor a Cristo. S. Pedro, na sua maravilhosa profissão de fé, exclamava: «Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo». E, no seu amor pelo Mestre, dizia: «Senhor, Tu sabes que eu Te amo». S. Paulo, por seu lado, afirmava: «Eu sei em quem creio», ao mesmo tempo que exprimia assim o seu amor: «A minha vida é Cristo»!
Depois de ambos terem suportado toda a espécie de perseguições, foram martirizados em Roma, durante a perseguição de Nero. Regando, com o seu sangue, no mesmo terreno, «plantaram» a Igreja de Deus.



AO AMOR DOS AMORES

Sacrário do Altar o ninho dos teus mais ternos e disponíveis amores.
Amor me pedes, meu Deus, e amor me dás; o Teu amor é amor do céu, e o meu, amor mistura de terra e céu; o teu é infinito e puríssimo; o meu, imperfeito e limitado. Seja eu, meu Jesus, desde hoje, tudo para Ti, como Tu és tudo para mim. Que Te ame sempre, como Te amaram os Apóstolos; e os meus lábios beijem os Teus benditos pés, como os beijou a Madalena convertida. Vê e escuta os extravios do meu coração arrependido, como escutaste Zaqueu e a Samaritana. Deixa-me reclinar a minha cabeça no Teu peito sagrado como o Teu discípulo amado São João. Desejo viver contigo, porque és vida e amor.
Só pelos Teus amores, Jesus, meu bem-amado, pus em Ti a minha vida, a minha glória e futuro. E já que para o mundo sou uma flor murcha, não tenho outro anseio que, amando-te, morrer.

Oração de Santa Teresa de Lisieux