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02/06/2010

Textos de Reflexão para 06 de Junho

Evangelho: Lc 7, 11-17

11 No dia seguinte foi para uma cidade, chamada Naim. Iam com Ele os Seus discípulos e muito povo .12 Quando chegou perto da porta da cidade, eis que era levado a sepultar um defunto, filho único de uma viúva; e ia com ela muita gente da cidade. 13 Tendo-a visto, o Senhor, movido de compaixão para com ela, disse-lhe: «Não chores».14 Aproximou-Se, tocou no caixão, e os que o levavam pararam. Então disse: «Jovem, Eu te ordeno, levanta-te». 15 E o que tinha estado morto sentou-se, e começou a falar. Depois, Jesus, entregou-o à sua mãe. 16 Todos ficaram possuídos de temor e glorificavam a Deus, dizendo: «Um grande profeta apareceu entre nós, e Deus visitou o Seu povo». 17 Esta opinião a respeito d'Ele espalhou-se por toda a Judeia e por toda a região circunvizinha.

Meditação:

Surpreendentemente, Jesus faz um portentoso milagre sem que tivesse havido alguma solicitação para o fazer. Fá-lo, de facto, movido apenas pelo Seu coração sensível ao sofrimento de uma pobre mulher desamparada.
Não há dúvida, Ele, sabe sempre o que se passa connosco, o que precisamos, o que nos faz falta e está pronto a concedê-lo mesmo sem mérito da nossa parte.
Esta misteriosa solicitude divina, não a podemos entender e ainda bem porque, assim, mais me convenço que estou inteiramente nas Suas mãos e certo que em nenhum outro lugar poderia estar melhor.

(ama, meditação sobre Lc 7, 11-17, Convento de Cristo Rei, Monte Real, 2009.09.15)

Textos de Reflexão para 05 de Junho

Evangelho: Mc 12, 38-44

38 Dizia-lhes ainda nos Seus ensinamentos: «Guardai-vos dos escribas, que gostam de andar com roupas largas, de serem saudados nas praças39 e de ocuparem as primeiras cadeiras nas sinagogas e os primeiros lugares nos banquetes, 40 que devoram as casas das viúvas, sob o pretexto de longas orações. Serão julgados com maior rigor». 41 Estando Jesus sentado defronte do cofre das esmolas, observava como o povo deitava ali dinheiro. Muitos ricos deitavam em abundância.42 Tendo chegado uma pobre viúva, lançou duas pequenas moedas, que valem um quarto de um asse.43 Chamando os Seus discípulos, disse-lhes: «Em verdade vos digo que esta pobre viúva deu mais que todos os outros que deitaram no cofre, 44 porque todos os outros deitaram do que lhes sobrava, ela porém deitou do seu necessário tudo o que possuía, tudo o que tinha para viver».
Meditação:

Aquelas duas moedas que a pobre viúva deitou no gazofilácio...!
Quantas vezes tenho hesitado em dar as minhas duas moedas a quem precisa mais delas que eu; fico "agarrado" a elas como se delas dependesse a minha vida!
E, as duas moedas que não tenho e que...tanto gostaria de ter!
Não estou já, também, "agarrado" a elas?
Desprendimento, desprendimento! Tão longe, cada vez mais longe!
Preso às coisas, às pessoas, às ideias, ao passado, ao futuro, ao que fui, ao que gostaria de ter sido, ao que, eventualmente ainda posso vir a a ser!
Preso a mim mesmo, às "minhas coisas", aos meus projectos, às quiméricas façanhas que hei-de, um dia, praticar...sim...no fim de tudo...eu...eu...eu!
Senhor, ajuda-me a pensar nos outros em vez de estar aqui, mergulhado nos meus problemas, girando à volta de mim mesmo, concentrado apenas no que me diz respeito. Os outros! Todos os outros. Os que conheço, de quem sou amigo ou familiar e aqueles que me são desconhecidos. Todos são Teus filhos como eu, logo, todos são meus irmãos. Se somos irmãos somos também herdeiros, convém portanto que me preocupe com aqueles que vão partilhar a herança comigo.

(AMA, meditação sobre, Mc 12, 38-44, 2006)

Textos de Reflexão para 04 de Junho

Evangelho: Mc 12, 35-37

35 Continuando a ensinar no templo, Jesus tomou a palavra e disse: «Como dizem os escribas que o Cristo é filho de David? 36 O mesmo David inspirado pelo Espírito Santo diz: “Disse o Senhor ao Meu Senhor: Senta-Te à Minha direita, até que Eu ponha os Teus inimigos debaixo dos Teus pés”.37 O própio David, portanto, chama-Lhe Senhor; como é Ele, pois, seu filho?». A numerosa multidão ouvia-O com gosto.

Meditação:

Senhor, como Te dou graças pela instrução e doutrina que tenho recebido. E também a Fé! As primeiras têm-me ajudado a compreender os mistérios da salvação redentora e a forma como a levaste a cabo. A segunda supre o que falta às outras: acredito mesmo sem entender, porque sei que Tu és a própria essência da Verdade. Nem umas nem outras podem estar isoladas, têm de coexistir. Saber doutrina para poder partilhar, ensinar, distribuir de graça o que de graça recebi. Fé, sólida, para informar tudo quanto sei e compreendo, e o que sei e não entendo, porque não me é dado entender os mistérios. Tu sabes mais, dar-me-ás sempre o que necessitar para mim e para os outros.

(AMA, Meditação Mc 12, 35-37, Porto, Junho, 2008)

Textos de Reflexão para 03 de Junho

Evangelho: Lc 9, 11b-17

11 Sabendo isto, as multidões foram-n'O seguindo. E as recebeu, falou-lhes do reino de Deus e curou os que necessitavam de cura. 12 Ora o dia começava a declinar. Aproximando-se d'Ele os doze, disseram-Lhe: «Despede as multidões, para que, indo pelas aldeias e herdades circunvizinhas, se alberguem e encontrem que comer, porque aqui estamos num lugar deserto». 13 Ele respondeu-lhes: «Dai-lhes vós de comer». Eles disseram: «Não temos mais do que cinco pães e dois peixes, a não ser que vamos comprar mantimento para toda esta multidão». 14 Pois eram quase cinco mil homens. Então disse aos discípulos: «Mandai-os sentar divididos em grupos de cinquenta». 15 Eles assim fizeram, e mandaram-nos sentar a todos.16 Tendo tomado os cinco pães e os dois peixes, levantou os olhos ao céu, pronunciou sobre eles a bênção, partiu-os e distribuiu-os aos Seus discípulos, para que os servissem à multidão.17 Comeram todos e ficaram saciados. E recolheram do que sobrou doze cestos de fragmentos.

Meditação:

O Evangelista narra com tanta simplicidade um facto portentoso e extraordinário como se fosse um acontecimento comum e trivial. Naturalmente, São Lucas, conhecendo a vida de Jesus, os milagres espantosos das curas de doentes de todo o tipo, ressurreições de mortos a caminho do sepulcro ou com dias de sepultados, conta os factos com simplicidade, sem empolamentos nem entusiasmos. Compreendo o Evangelista mas sinto como que uma necessidade de “fazer contas”. Mas é tempo perdido e sem nenhuma conclusão. A minha admiração mais se confirma e o meu assombro só aumenta: “cinco pães e os dois peixes… uma multidãogrupos de cinquentacinco mil homens… doze cestos de fragmentos que sobraram…” Se, não, vejamos:
A “cinco mil homens”, corresponderão, pelo menos, 10.000 mulheres e, talvez, umas 5.000 crianças, ou seja, 20.000 bocas que ficaram saciadas. Mas não é tudo porque “recolheram do que sobrou doze cestos de fragmentos”. De que tamanho são os cestos, e os fragmentos dos pães e dos peixes?
Percebo perfeitamente que é “impossível fazer contas” com Jesus Cristo. Não se pode contabilizar a Misericórdia e a Bondade divinas que ultrapassam, sempre, tudo quanto podemos esperar.

(ama, meditação sobre Lc 9, 11b-17, 2010.06.22)

Textos de Reflexão 02 de Junho

Evangelho: Mc 12, 18-27

18 Foram ter com Ele os saduceus, que negam a ressurreição, e interrogaram-n'O, dizendo: 19 «Mestre, Moisés deixou-nos escrito que, se morrer o irmão de alguém e deixar a mulher sem filhos, seu irmão tome a mulher dele e dê descendência a seu irmão.20 Ora havia sete irmãos. O primeiro casou e morreu sem deixar filhos.21 O segundo casou com a viúva e morreu também sem deixar filhos. Do mesmo modo o terceiro.22 Nenhum dos sete deixou filhos. Depois deles todos, morreu também a mulher.23 Na ressurreição, pois, quando tornarem a viver, de qual deles será ela mulher? Porque os sete a tiveram por mulher». 24 Jesus respondeu-lhes: «Não andareis vós em erro, porque não compreendeis as Escrituras, nem o poder de Deus? 25 Quando ressuscitarem de entre os mortos, nem os homens tomarão mulheres, nem as mulheres maridos, mas todos serão como anjos do céu.26 Relativamente à ressurreição dos mortos, não lestes no livro de Moisés, como Deus lhe falou sobre a sarça, dizendo: “Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacob”? 27 Ele não é Deus dos mortos, mas dos vivos. Logo vós estais num grande erro».

Comentário:

‘Creio na ressurreição dos mortos’, é símbolo da minha fé que afirmo com o coração e a inteligência. Este acto de fé não deixa de precisar de alimento, que és Tu, Senhor, com a Tua Misericórdia e Bondade, vindo até mim na Santíssima Eucaristia. Que eu tenha presente, Senhor, esta realidade. Um dia, retomarei este meu corpo mortal e viverei para sempre. Que, essa vida, Senhor, seja a contemplação da Tua Face por toda a eternidade.

(AMA, meditação sobre Mc 12, 18-27, Porto, Maio 2008)