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29/05/2010

FRUTOS

Não tenho figos!

Olha o meu tronco, forte, nodoso, retorcido pelos ventos e tempestades mas firme e estável.
Repara nos meus ramos, vê como se estendem á minha volta.
Observa bem a minha folhagem rica, lustrosa.
Dá-te conta da belíssima árvore que sou, frondosa, viva, imponente.

Que queres mais?

A minha sombra proporciona-te refrigério nas tardes de Estio.
Podes abrigar-te debaixo da minha frondosa copa nas tempestades de Inverno.

Ainda não estás satisfeito?

Olha, tenho alguns ramos secos que podes queimar numa fogueira para te aqueceres. Bastar-te-ão umas poucas folhas para fazeres um leito confortável para descansares o teu corpo fatigado.
É fácil subir pelo meu tronco até aos ramos mais altos, dali avistarás o caminho que perdeste e retomar, seguro, a viagem.

Mas... Não me ouves!? Que queres ainda!? Que procuras?

Frutos!!!

Não, não tenho frutos mas, é só por enquanto, logo, depois de crescer um pouco mais, dos meus ramos se estenderem mais longe e mais alto, da minha folhagem ser ainda mais frondosa e bela, então sim, poderei pensar em dar frutos. Serão à minha medida: grandes, suculentos, lustrosos, atraentes. Saciarão a fome, serão um prazer para o paladar.

Mas...queres frutos agora?

Não! Já te disse que, agora, não os tenho!

Mais tarde… talvez…

(ama, dissertação sobre a Parábola da figueira, 2010.05.28)

Textos de Reflexão 29 de Maio

Evangelho: Mc 11, 27-33

27 Voltaram a Jerusalém. E, andando Jesus pelo templo, aproximaram-se d'Ele os príncipes dos sacerdotes, os escribas e os anciãos, 28 e disseram-Lhe: «Com que autoridade fazes Tu estas coisas? E quem Te deu o direito de as fazer?».29 Jesus disse-lhes: «Eu também vos farei uma pergunta; respondei-Me e Eu vos direi com que autoridade faço estas coisas.30 O baptismo de João era do céu ou dos homens? Respondei-Me». 31 Mas eles discorriam entre si: «Se respondermos que era do céu, Ele dirá: “Porque razão, então, não crestes nele?”.32 Responderemos que é dos homens?». Temiam o povo, porque todos tinham a João como um verdadeiro profeta.33 Então responderam a Jesus: «Não sabemos». E Jesus disse-lhes: «Pois nem Eu vos digo com que autoridade faço estas coisas».
Comentário:

Exige-se uma explicação mas nega-se a resposta. É a “exigência” que usam os de critério duvidoso e pouco correcto. Alguém que faz o bem à sua volta – como é o caso de Jesus e dos Seus milagres – precisa de explicar de onde lhe vem a autoridade para actuar desse modo? Que queriam que dissesse? “Eu faço isto porque Deus me dá esse poder”, pois não era evidente! O que na verdade querem é que Jesus lhes diga que é o Messias, o Filho de Deus feito homem! Mas porquê? Porque, conhecendo as Escrituras sabiam muito bem que a vinda do Messias há muito esperado seria acompanhada de prodígios idênticos aos que Jesus realizava e não podiam conceber que, sendo assim, Ele se não tivesse apresentado primeiro aos Príncipes dos Sacerdotes e chefes do povo mas, antes, tivesse escolhido uma humilde família para se incorporar na raça humana e uma povoação sem destaque para viver. O Messias tem de ser como eles querem e não, como Deus quer que seja. Também nós, por vezes, procuramos um Deus à nossa medida que nos resolva os problemas e aplane as dificuldades, um Deus particular para nosso uso e serviço. Quem procura “este Deus” não o encontrará, porque não existe. (ama, comentário sobre Mc 11, 27-33, 2010.02.22)

MEDITAÇÕES DE MAIO

29

SALVE RAINHA

ROGAI POR NÓS SANTA MÃE DE DEUS

Com a certeza que temos que o Filho ouve a Mãe te pedimos: Pede por nós que não sabemos o que pedir.

(ama, 17ª meditação sobre a Salve Rainha)