22/02/2011

Morreu o homem que se arrependeu de praticar 75 mil abortos

Observando

Morreu ontem, aos 84 anos, vítima de cancro, o médico e activista pró-vida Bernard Nathanson. Nathanson dedicou a maior parte da sua vida a lutar pela questão do aborto: inicialmente, manifestou-se a favor da legalização do aborto; mais tarde, depois de um doloroso processo interior, manifestou-se contra. 
Formado em 1949, especializou-se em obstetrícia e ginecologia.
Testemunhou em primeira mão as complicações resultantes de abortos ilegais nas mulheres pobres que acorriam ao hospital de Manhattan e convenceu-se da necessidade de lutar pela legalização do aborto nos Estados Unidos. Uma vez legalizada a prática, Nathanson tornou-se director do Centro de Saúde Sexual e Reprodutiva em Nova Iorque. Durante a sua vigência, o centro praticou cerca de 60 mil abortos. A estes acrescentava cinco mil feitos directamente por ele e outros 10 mil por residentes sob as suas ordens.
Em  nais dos anos 70, começou a ter dúvidas sobre as suas práticas.
Numa conferência em Lisboa, em 1998, explicou que ele e os seus colegas apresentavam graves perturbações do sono, problemas no casamento e pesadelos.
“O Grito S “O Grito Silencioso” ilencioso” Com o avanço da tecnologia ecográca, Nathanson acabaria por mudar radicalmente de opinião. Dedicou a sua vida “a tentar desfazer o mal que tinha feito”, falando em todo o mundo, incluindo Portugal, e apresentando-se sempre em público como “responsável por mais de 75 mil abortos”, alertando para “as técnicas propagandísticas dos adeptos da despenalização”.
Em 1985, narrou um curto documentário, chamado “O Grito Silencioso”, que acompanha a gestação e mostra imagens reais de um aborto a ser praticado. No vídeo, vê-se o feto a recuar perante a agulha e a abrir a boca, no que aparenta ser um grito.
Apesar das suas origens judaicas e ateístas, baptizou-se na Igreja Católica em 1996.

Pagina 1  Filipe d’Avillez

Breve História da Humanidade 21

Observando
Continuação

Aqueles mensageiros ganham impulso à medida que vão correndo. Séculos mais tarde, ainda falam como se alguma coisa houvesse acabado de acontecer. Não perderam a velocidade nem a sua energia de mensageiros; mas perderam, por assim dizer, o olhar esbugalhado de testemunhas. Na Igreja Católica, que é a corte da mensagem, ainda acontecem aqueles gestos precipitados da santidade que fala de algo rápido e recente: um sacrifício de si mesmo que assusta o mundo como um suicídio. Mas não é um suicídio: não é nada pessimista; é ainda optimista como o são Francisco das flores e dos pássaros.

(G. K. Chesterton,  O Homem Eterno, Ed. Mundo Cristão, 1ª ed. colig. e adap. por ama)

Cont/

Diálogos apostólicos

Diálogos




Mas, e a propósito desses teus desejos, posso adiantar-te o seguinte:

A melhor mortificação consiste, a maior parte das vezes, fazer o que devemos quando devemos.











AMA, 2011.02.22

LITURGIA DAS HORAS

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II. ANTÍFONAS E OUTROS ELEMENTOS SUBSIDIÁRIOS
DA ORAÇÃO DOS SALMOS

110. Três elementos, dentro da tradição latina, muito contribuem para a inteligência dos salmos ou para fazer deles oração cristã: os títulos, as colectas salmódicas e principalmente
as antífonas.

111. No Saltério da Liturgia das Horas, cada salmo é precedido dum título, a indicar o sentido do mesmo salmo e o seu valor para a vida humana do crente. Estes títulos, no livro da Liturgia das Horas, visam unicamente à utilidade de quem salmodia. Para facilitar a oração à luz da Revelação nova, acrescenta-se uma sentença tirada do Novo Testamento ou dos Santos Padres, a qual serve como de convite a rezar o salmo no sentido cristológico.

112. As colectas salmódicas ajudam a quem recita os salmos os entendê-los num sentido predominantemente cristão. Estas colectas vêm no Suplemento ao livro da Liturgia das Horas, uma para cada salmo. Podem-se utilizar livremente, de acordo com a antiga tradição, da seguinte maneira: terminado o salmo, após uns momentos de silêncio, reza-se a colecta, como que a resumir os afectos de quem salmodia e a concluir a oração.

113. Cada salmo é acompanhado da respectiva antífona, mesmo quando a Liturgia das Horas se celebre sem canto, inclusive na recitação individual. As antífonas servem para tornar mais claro o género literário do salmo; transformam o salmo em oração pessoal; põem em relevo esta ou aquela sentença digna de particular atenção e que doutro modo passaria despercebida; dão ao salmo um colorido especial, em harmonia com as circunstâncias em que é utilizado; ajudam muito a interpretar o salmo num sentido tipológico conforme as festas, desde que se excluam acomodações arbitrárias; finalmente, contribuem para tornar a recitação dos salmos mais agradável e variada.

114. As antífonas do Saltério foram compostas de modo a poderem ser traduzidas em língua vernácula e poderem também repetir-se após cada estrofe, segundo o que se diz no n. 125. No Ofício do Tempo Comum, quando não for cantado, as antífonas podem-se substituir pelas sentenças antepostas aos salmos (cf. n. 111).

115. Quando, pela sua extensão, um salmo se dividir em várias secções, dentro da mesma Hora canónica, cada uma destas secções é acompanhada da respectiva antífona, para dar uma nota de variedade, principalmente na celebração com canto, e também para ajudar a apreender melhor as riquezas do salmo. Todavia pode-se recitar o salmo todo seguido sem interrupção, só com a primeira antífona.

116. O Tríduo Pascal, os dias dentro das oitavas da Páscoa e do Natal, os domingos do tempo do Advento, do Natal, da Quaresma e da Páscoa, as férias da Semana Santa e do Tempo Pascal e os dias 17 a 24 de Dezembro têm antífonas próprias para cada salmo em Laudes e Vésperas.

117. Nas solenidades, propõem-se antífonas próprias para o Ofício de Leitura, Laudes, Tércia, Sexta, Noa e Vésperas; na sua falta tomam-se do respectivo Comum. Nas festas, o mesmo acontece para o Ofício de Leitura, Laudes e Vésperas.

118. Se alguma memória dos Santos tiver antífonas próprias, observam-se (cf. n. 235).

119. As antífonas do Benedictus e do Magnificat, no Ofício do Tempo, tomam-se do Próprio do Tempo, se as tiver; aliás, do Saltério corrente. Nas solenidades e festas, tomam-se do Próprio, se as tiver; aliás, do respectivo Comum. Nas memórias que não tiverem antífona própria, diz-se, à escolha, ou a do Comum ou a da féria ocorrente.

120. No Tempo Pascal, junta-se Aleluia a todas as antífonas, salvo se não se harmonizar com o sentido das mesmas.


Retirado do site do Secretariado Nacional de Liturgia
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Quando eu quero falar com Deus

Cantar é rezar duas vezes

Evangelho do dia e comentário

Tempo comum - VII Semana


EvangelhoMt 16, 13-19

13 Tendo chegado à região de Cesareia de Filipe, Jesus interrogou os Seus discípulos, dizendo: «Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?». 14 Eles responderam: «Uns dizem que é João Baptista, outros que é Elias, outros que é Jeremias ou algum dos profetas». 15 Jesus disse-lhes: «E vós quem dizeis que Eu sou?». 16 Respondendo Simão Pedro, disse: «Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo». 17 Respondendo Jesus, disse-lhe: «Bem-aventurado és, Simão filho de João, porque não foi a carne e o sangue que to revelaram, mas Meu Pai que está nos céus. 18 E Eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. 19 Eu te darei as chaves do Reino dos Céus; e tudo o que ligares sobre a terra, será ligado também nos céus, e tudo o que desatares sobre a terra, será desatado também nos céus».

Comentário:

A pergunta de Jesus pode parecer desnecessária e, de facto, é já que Ele sabe muito bem, com detalhado pormenor, o que se diz dele.
A intenção é clara: quer suscitar a resposta de Pedro que, assim, assume, desde logo, a responsabilidade de responder por todos os discípulos.
Cristo aproveita esta atitude de Pedro e confirma-o como chefe da Igreja que irá fundar.
E não só como chefe mas como detentor de um poder que é unicamente de Deus: ligar e desligar, ou seja, aceitar os pedidos de perdão dos homens pelos pecados cometidos, reatando as relações deste com Deus.
Este poder, claramente dado a Pedro, que será depois transmitido por este aos seus sucessores, é extensivo aos Bispos da Igreja Católica que o repartem pelos presbíteros sob o seu munus.
É por esta razão que nenhum sacerdote pode ouvir confissões sem prévia e explícita autorização do Bispo da Diocese onde se encontra.

A grande questão dos Escribas que por várias vezes afirmam que só Deus tem poder para perdoar os pecados tem, assim, uma resposta mais completa ainda porque, na verdade, Deus pode fazer o que quiser com os Seus poderes – que são absolutos – inclusive, como neste caso, autorizar outros para os usarem em Seu Nome.

É, efectivamente o que faz o Sacerdote ao declarar ao penitente: “Eu te absolvo dos teus pecados, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” não em meu nome, mas em nome daquele de quem me vem este poder.

Quando se ouve – com alguma frequência, infelizmente – eu confesso-me a Deus, essa pessoa está a dizer uma verdade absoluta embora a sua intenção seja outra.

(ama, comentário sobre Mt 16, 13-19, 2011.01.17) 

Tema para breve reflexão - Cumprir e Amar

Tema para breve reflexão


Pode dar-se um presente a uma pessoa fazendo a encomenda numa loja pelo telefone; através doutra pessoa, ou indo comprá-lo pessoalmente. Aquele que recebe o presente, talvez não saiba que procedimento se seguiu, mas evidentemente o afecto e o interesse do que presenteia é diferente, segundo essas circunstâncias. Deus vê as nossas intenções: e não se trata de cumprir, mas de amar.


(Javier Echevarria, Sum. 2864)


2011.02.22

Pensamentos inspirados

À procura de Deus





Encontro-Te no meu nada, Senhor, onde


Tu, Te fazes tudo.

jma, 2011.02.22

Doutrina

«RERUM NOVARUM»

A sorte da classe operária, tal é a questão de que hoje se trata, será resolvida pela razão ou sem ela e não pode ser indiferente às nações quer o seja dum modo ou doutro. Os operários cristãos resolvê-la-ão facilmente pela razão, se, unidos em sociedades e obedecendo a uma direcção prudente, entrarem no caminho em que os seus antepassados encontraram o seu bem e o dos povos.
Qualquer que seja nos homens a força dos preconceitos e das paixões, se uma vontade pervertida não afogou ainda inteiramente o sentido do que é justo e honesto, será indispensável que, cedo ou tarde, a benevolência pública se volte para esses operários, que se tenham visto activos e modestos, pondo a equidade acima da ganância, e preferindo a tudo a religião do dever. Daqui, resultará esta outra vantagem: que a esperança de salvação e grandes facilidades para a atingir, serão oferecidas a esses operários que vivem no desprezo da fé cristã, ou nos hábitos que ela reprova. Compreendem, geralmente, esses operários que têm sido joguete de esperanças enganosas e de aparências mentirosas. Pois sentem, pelo tratamento desumano que recebem dos seus patrões, que quase não são avaliados senão pelo peso do ouro produzido pelo seu trabalho; quanto às sociedades que os aliciaram, eles bem vêem que, em lugar da caridade e do amor, não encontram nelas senão discórdias intestinas, companheiras inseparáveis da pobreza insolente e incrédula. A alma embotada, o corpo extenuado, quanto não desejariam sacudir um jugo tão humilhante! Mas, ou por causa do respeito humano ou pelo receio da indigência, não ousam fazê-lo. Ah, para todos esses operários podem as sociedades católicas ser de maravilhosa utilidade, se convidarem os hesitantes a vir procurar no seu seio um remédio para todos os males, e acolherem pressurosas os arrependidos e lhes assegurarem defesa e protecção. 34a

2011.02.20